Irene Rocha Kalil cursou Doutorado e Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Possui mestrado em Educação (2008) e especialização em Sociologia Urbana (2004), ambos pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e graduação em Comunicação Social (2001), com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). É servidora da Fiocruz desde 2008, tendo integrado o Núcleo de Comunicação Social e Design do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) entre 2009 e 2020. Atualmente, faz parte da equipe do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), onde desenvolve atividades de ensino, pesquisa e representação institucional.
Atualmente, pesquisa Interfaces de gênero, comunicação e saúde no Brasil: políticas, práticas e discursos. Estabelecida para o período de 2021-2024, está centrada na análise dos sentidos sobre saúde da mulher - compreendendo saúde em sua acepção ampliada - nas políticas públicas específicas do campo da saúde em âmbito nacional, centradas na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISM), uma das chamadas Políticas Voltadas à Saúde de Segmentos Populacionais da Atenção que constituem a Atenção Primária, na Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, criada no ano de 2010 durante o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, e no Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, criado no ano de 2011, ao término do mesmo governo, bem como em outras políticas e legislações específicas que interferem nas condições de saúde das mulheres brasileiras. Os resultados dessas análises serão confrontados com os achados na análise dos discursos midiáticos - na imprensa brasileira on-line - com relação às questões de saúde da mulher e correlatas ao tema.
O projeto busca investigar se e como, em seus discursos, as políticas públicas vigentes e os discursos midiáticos atuais concorrem para a conquista da equidade de gênero ou, ao contrário, acabam por reforçar as disparidades entre homens e mulheres. Interessa-nos olhar, em suas facetas diversas, como as mulheres, inclusive em seus distintos pertencimentos étnicos, sexuais e em diferentes condições socioeconômicas, aparecem nesses discursos, quais os sentidos de saúde, mulher e feminino predominam nesses discursos e quais estão neles rarefeitos ou mesmo silenciados, relacionando-os a suas condições sociais de produção.
Conheça as publicações mais recentes da docente
KALIL, Irene; AGUIAR, A. C. . Aquilo que a amamentação retira e o desmame restaura: relatos maternos sobre tensionamentos e materiais de comunicação e informação em saúde. RECIIS - Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, v. 15, p. 597-613, 2021.
KALIL, Irene; AGUIAR, A. C. . NARRATIVAS SOBRE AMAMENTAÇÃO E DESMAME: ENTRELAÇAMENTOS DE EXPERIÊNCIAS, POLÍTICAS PÚBLICAS E SAÚDE. REVISTA GEMINIS, v. 11, p. 45-69, 2020.
KALIL, Irene; AGUIAR, A. C. . Discursos de Promoção ao Aleitamento Materno e a Conformação da(s) maternidade(s) contemporâneas. DEMETRA: ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO & SAÚDE, v. 14, p. 1-12, 2019.
KALIL, Irene; AGUIAR, A. C. . Amamentar hoje é pensar no futuro: o lugar da mulher nos discursos de promoção ao aleitamento materno contemporâneos. REVISTA BRASILEIRA DE PESQUISA EM SAÚDE, v. 21, p. 29-39, 2019.
KALIL, Irene; RODRIGUES, A. A. . MÃES NA MÍDIA: Os discursos sociais sobre maternidade na cobertura dos "mamaços"? no Brasil. REVISTA OBSERVATÓRIO, v. 4, p. 655-680, 2018.