Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Josué Laguardia (PPGICS/Icit/Fiocruz)
Claudia Teresa Vieira de Souza (PGEBS/IOC/Fiocruz)
Giselle Duarte da Silva (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Ana Cristina da Costa Martins (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Clélia Rosane dos Santos Prestes (Instituto AMMA Psique e Negritude)
Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Marialva Carlos Barbosa (ECO-PÓS/UFRJ)
Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Mariana Ayres Tavares (Université CELSA Paris-Sorbonne/PPGCOM/UFF)
Guilhereme Nery Atem (PPGCOM/UFF)
Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Ana Paula Goulart de Andrade (PPGMC/UFF)
Resumo:
A presente tese de doutorado em Informação e Comunicação em Saúde é resultado de uma pesquisa tridimensional que tem como objetivo analisar os discursos de mulheres usuárias de crack sobre si, bem como das campanhas nacionais de combate ao crack e dos profissionais de saúde do Consultório na Rua (CR) de Juiz de Fora – MG sobre essas mulheres. Para alcançar esse objetivo, foi adotada uma abordagem etnográfica, envolvendo observação participante na fila de atendimento do CR e na casa de passagem de Juiz de Fora, locais onde foram realizadas oito entrevistas semiestruturadas e grupos focais com mulheres usuárias de crack; os apontamentos resultantes dessas interações foram registrados em um Diário de Campo. Levantou-se, também, documentação relativa a quatro campanhas nacionais de combate ao crack (1998, 2009, 2013, 2019). Para a análise do material coletado, foram mobilizados alguns dispositivos teóricos e analíticos da Análise de Discurso franco-brasileira (percurso PêcheuxOrlandi) e o diálogo com as teorias de gênero. Nas conversas com as mulheres, foram abordados temas que iam desde o primeiro contato com o uso do crack até suas aspirações para o futuro. Já com os profissionais do CR, a discussão girou em torno do primeiro contato com as usuárias, do acolhimento e do tratamento oferecido para mitigar os danos causados pelo uso do crack e a visão desses profissionais sobre elas. As campanhas nacionais de combate ao crack foram analisadas para entender como as mulheres usuárias são percebidas por quem faz essas políticas públicas. As próprias usuárias tiveram a oportunidade de assistir a essas campanhas, as quais nunca haviam visto antes, e compartilharam suas opiniões, revelando as dissonâncias e ressonâncias entre as campanhas e a realidade vivida por elas. Essa pesquisa, ancorada na história de vida das mulheres, marcada por sofrimento, abusos e desamparo, busca amplificar as vozes daquelas que realmente devem ser ouvidas na construção de políticas públicas mais alinhadas às suas vivências nas ruas. Ao trazer à tona essas experiências, a tese contribui para uma compreensão mais profunda e humana das necessidades e desafios enfrentados por mulheres usuárias de crack, ressaltando a importância de um olhar sensível e informado na formulação de intervenções e políticas voltadas a essa população.
Aluna: Luana Luciana Ribeiro de Alencar
Orientadora: Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares
Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Carlos Marcelos Rossal Núñes (DAS/Udelar)
Francisco Inacio Pinkusfeld Monteiro Bastos (PPGEPI/Ensp/Fiocruz)
Wedencley Alves Santana (PPGCOM/UFJF)
Suplentes
Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Natália Helou Fazzioni (MPAPS/UFRJ)
Resumo:
A presente tese tem como tema a transformação das bibliotecas de pesquisa, particularmente àquelas voltadas para a saúde, no contexto contemporâneo. Inicialmente, discute-se a importância histórica e simbólica das bibliotecas como espaços sagrados de preservação do conhecimento. Através dos séculos, as bibliotecas têm sido centrais para a cultura e a academia, mas o avanço das tecnologias digitais, a partir do final do século XX, coloca em xeque esse papel tradicional. Além disso, o movimento da Ciência aberta e a necessidade de adaptação às novas demandas dos usuários, são aspectos que exigem um novo posicionamento das bibliotecas de pesquisa. Em países periféricos, como o Brasil, onde a ciência tem características próprias, a situação das bibliotecas de pesquisa pode divergir significativamente daquelas em países centrais. O estudo propõe, assim, uma análise crítica do papel das bibliotecas de pesquisa em saúde, especialmente em instituições de ensino e pesquisa no Brasil, sugerindo que qualquer mudança ou evolução dessas bibliotecas deve ser organicamente ligada ao desenvolvimento local da ciência e ao processo de formação de pesquisadores. O campo empírico do estudo se dá na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde se buscou analisar as relações entre os Programas de Pós-graduação (PPG) e as bibliotecas da instituição, a partir dos conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) de 8 (oito) coordenadores de PPG, ranqueados com notas 6 ou 7 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os resultados testemunham uma mudança profunda nas relações entre os PPG e as bibliotecas a partir das últimas três décadas, que refletem principalmente mudanças atitudinais e de práticas, ainda que elas sejam reconhecidas como fundamentais para o ensino e a pesquisa. A tese finaliza com algumas sugestões para o planejamento e gestão das bibliotecas na instituição, buscando por uma maior aproximação com a comunidade científica, e contribuindo para restituir a elas o seu 'devido lugar'.
Aluna: Simone Faury Dib
Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segunda Orientadora: Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares
Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Michely Jabala Mamede Vogel (PPGCI/UFF)
Carlos Henrique Marcondes de Almeida (PPGCOC-ECO/UFMG)
Suplentes
Viviane Santos de Oliveira Veiga (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Angela Maria Belloni Cuenca (FSP/USP)
Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Deborah Carvalho Malta (ENF/UFMG)
Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Rejane Sobrino Pinheiro (IESC/UFRJ)
Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Paula Chagas Bortolon (SMS/RIO)
Resumo:
A pesquisa concentra seus esforços na análise dos documentos institucionais e materiais de comunicações produzidos pelas Secretarias Municipais de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES) e de Saúde (SMS), no município de Niterói. O objetivo é, através de uma abordagem pautada pelas teorias decoloniais, identificar e questionar as narrativas dominantes, desconstruir estereótipos e contribuir para promover uma perspectiva mais inclusiva e sensível às demandas específicas de saúde desse grupo vulnerável. A metodologia consiste em uma análise de conteúdo dos documentos institucionais. Por essa abordagem buscaremos identificar nos textos e imagens das políticas, planos e outros documentos sobre a saúde e de materiais comunicacionais utilizados com a população em situação de rua, representações, estereótipos e expressões de linguagem que possam perpetuar o racismo estrutural e a marginalização dessa população. A análise sempre se pautará pela valorização dos saberes locais e as experiências dos indivíduos em situação de rua. Assim, desejamos produzir e em consequência promover uma reflexão crítica sobre os documentos e materiais produzidos pelas SMASES e SMS de Niterói. A pesquisa destaca a importância da epistemologia decolonial para uma abordagem mais justa, inclusiva e respeitosa das necessidades de saúde desses indivíduos.
Aluna: Jaçanã Lima Bouças Correia
Orientadora: Inesita Soares de Araujo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares
Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Nadja Maria Souza Araújo (AgSUS)
Suplentes
Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Aluízio de Azevedo Silva Júnior (Laces/Icict)