Defesa
Defesa de Tese de Doutorado: O social na história natural da Chikungunya: um olhar exploratório por sobre a Rede Replick (INI/Fiocruz)
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
 
Resumo:
A presente tese se debruça por sobre um tema esquecido nas ciências da saúde: o olhar social às doenças tropicais negligenciadas, mais particularmente, sobre o adoecer e sobreviver à Chikungunya, uma doença que coloca em cheque tanto a ciência como a sociedade, na perspectiva da incerteza que a cerca. É no centro da discussão de um estudo que visa construir a história natural da Chikungunya que se aposta na interdisciplinaridade para explorar o impacto da narrativa das experiências vividas pelos participantes da pesquisa nas políticas públicas de saúde. Foi nesta articulação entre o “natural” e o “social” da Chikungunya, que optou-se por explorar um dispositivo importante, neste caso a narrativa em pesquisa, como uma estratégia de coprodução de conhecimento, entre ciência e sociedade. Trata-se, assim, de um esforço coletivo para mobilizar os participantes recrutados na Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chikungunya (Replick) para que se sintam protagonistas e engajados na construção coletiva e social de todas as etapas da pesquisa da qual participam. Optou-se pela metodologia qualitativa, utilizando análises das narrativas por acreditar que essa técnica consegue capturar sentimentos, vivências, questionamentos e opiniões sobre o tema em discussão. Espera-se que essa tese contribua para a promoção da saúde através de ações coletivas, onde os cidadãos possam se constituir participantes mais próximos e ativos na construção/condução da pesquisa em saúde. O problema não está na comunicação e sim em como se comunica, logo, não se trata de um movimento para o outro, mas com todos os envolvidos. Todos nós somos coparticípes desse processo em prol de melhorias da própria saúde.
 
Aluna: Michele Machado Meirelles de Barros
Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segundo Orientador: André Machado de Siqueira (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Josué Laguardia (PPGICS/Icit/Fiocruz)

Claudia Teresa Vieira de Souza (PGEBS/IOC/Fiocruz)

Giselle Duarte da Silva (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)

Suplentes

Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Ana Cristina da Costa Martins (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)

Acadêmico
Webnário - Lançamento da Plataforma Saúde Mental Pública
Canal VideoSaúde YouTube

Defesa
Defesa de Dissertação de Mestrado - Autocuidado, cuidado coletivo e bem viver entre ativistas negras: diálogos entre comunicação e saúde
Sala 403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo:
Este estudo se situa no campo da comunicação e saúde, ancorado na pesquisa ativista com o objetivo de analisar as práticas comunicacionais vivenciadas no interior do movimento de mulheres negras, que oportunizam autocuidado e cuidado coletivo enquanto caminhos para o Bem Viver. Tendo a minha trajetória de vida e atuação junto a Articulação de organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e o Coletivo Feminista de Autocuidado e Cuidado entre Defensoras de Direitos Humanos - CFACDDH, foi tida a escrevivência como parte ativa do processo de sistematização, tendo como objeto empírico os relatórios de três oficinas sobre autocuidado e cuidado coletivo ocorridas entre os anos de 2019 e 2023, nas organizações: Odara - Instituto da Mulher Negra (BA) em 2019, Instituto de Mulheres Negras do Amapá - IMENA (AP) em 2021 e Rede Mulheres Negras - PR em 2023. A metodologia de análise dos materiais foi realizada por meio de metodologia qualitativa composta pela etnografia da memória e a etnografia de documentos, buscando a identificação de práticas de comunicação e saúde que estejam voltadas para a promoção do autocuidado e cuidado coletivo na direção do Bem Viver, adotando como referenciais teóricos os conceitos de direito a comunicação, comunicação e saúde, e a interseccionalidade como fundamentais para a garantia do direito à saúde, a partir de referências articuladas com o cotidiano de promoção de autocuidado e cuidado coletivo a partir das mulheres negras. Com essa dissertação, espera-se, fomentar o debate comunicacional entre as organizações e coletivos de mulheres negras, contribuindo para a potencialização da comunicação enquanto direito humano e social, além de oferecer subsídios para incrementar propostas metodológicas e analíticas, que sejam direcionadas para com esse público, bem como impulsionar o campo de pesquisa no âmbito de comunicação e saúde, às percepções a partir desse grupo social, que visem à promoção de autocuidado e cuidado coletivo como caminhos para o Bem Viver.
 
Aluna: Michely Ribeiro da Silva
Orientador: Igor Pinto Sacramento (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segunda Orientadora: Hully Guedes Falcão (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Clélia Rosane dos Santos Prestes (Instituto AMMA Psique e Negritude)

Suplentes

Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Marialva Carlos Barbosa (ECO-PÓS/UFRJ)

Defesa
Defesa de Tese de Doutorado - Publicidade e Saúde em tempos de pandemia: análise dos fluxos comunicacionais comerciais da marca Karol Conká a partir do BBB21
Sala 402 – Prédio Sede do Campus Maré
Resumo
Essa tese de doutoramento pretende tensionar acepções semânticas atribuídas à publicidade que distanciam suas práticas da Comunicação em Saúde. Almeja-se, através da observação e análise da constituição da cantora Karol Conká no BBB21 como uma marca publicitária, ampliar o olhar crítico dos modos contemporâneos comunicacionais do que tradicionalmente se entende por Publicidade. O recorte temporal analítico se concentra, em um primeiro momento, no período em que Karol Conká esteve confinada no programa televisivo Big Brother Brasil, entre 25 de janeiro a 23 de fevereiro, contexto pandêmico, em que as taxas por contágio por coronavírus aumentaram substancialmente, impactando diretamente a ocupação de leitos de Unidades Intensivas de Internação (UTI). A análise documental de abordagem qualitativa também contemplou a participação da cantora após a sua saída do reality show, em três entrevistas televisivas e na série documental “A vida depois do tombo”, distribuída em quatro episódios, que acompanhou os primeiros dias da artista após a sua eliminação no BBB21. Mesmo diante de uma crise sanitária mundial, que no Brasil ceifou a vida de mais de 700 mil pessoas, os ímpetos comerciais dos fluxos comunicacionais se fizeram presentes na preservação da reestruturação produtiva do capital (Paulo Netto, 2022). Analisar o percurso da cantora durante, e após, a sua participação no BBB21 serviu na explanação para indicar novas lógicas publicitárias, os seus formatos e estratégias hibridizadas, reconfiguradas no meio transmidiático. Apropriar-se desse conhecimento teórico, desvelar as suas mais variadas formas de ser-fazer comunicativo nos mobilizou para atribuir mais aparatos metodológicos, e, em decorrência do estudo, estratégias comunicacionais diante dos entrecruzamentos de tensões e disputas de agenciamentos nos cenários discursivos em questão, especialmente em uma configuração social cada vez mais digitalizada. Nosso esforço corrobora com o entendimento que para além de consumidor, o interlocutor é antes de tudo, cidadão. Nessa esteira deseja-se que as reflexões aqui desdobradas possam ser apropriadas por instituições de saúde e ciência.
 
Aluna: Alice Gatto Pires da Silva
Orientadora: Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segundo Orientador: Sandro Tôrres de Azevedo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Mariana Ayres Tavares (Université CELSA Paris-Sorbonne/PPGCOM/UFF)

Guilhereme Nery Atem (PPGCOM/UFF)

Suplentes:

Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Ana Paula Goulart de Andrade (PPGMC/UFF)

Defesa
Defesa de Tese de Doutorado - Usuárias de crack, campanhas e profissionais de saúde: os discursos das e sobre mulheres que fazem uso problemático de drogas
Sala 401 – Prédio Sede do Campus Maré

Resumo:

A presente tese de doutorado em Informação e Comunicação em Saúde é resultado de uma pesquisa tridimensional que tem como objetivo analisar os discursos de mulheres usuárias de crack sobre si, bem como das campanhas nacionais de combate ao crack e dos profissionais de saúde do Consultório na Rua (CR) de Juiz de Fora – MG sobre essas mulheres. Para alcançar esse objetivo, foi adotada uma abordagem etnográfica, envolvendo observação participante na fila de atendimento do CR e na casa de passagem de Juiz de Fora, locais onde foram realizadas oito entrevistas semiestruturadas e grupos focais com mulheres usuárias de crack; os apontamentos resultantes dessas interações foram registrados em um Diário de Campo. Levantou-se, também, documentação relativa a quatro campanhas nacionais de combate ao crack (1998, 2009, 2013, 2019). Para a análise do material coletado, foram mobilizados alguns dispositivos teóricos e analíticos da Análise de Discurso franco-brasileira (percurso PêcheuxOrlandi) e o diálogo com as teorias de gênero. Nas conversas com as mulheres, foram abordados temas que iam desde o primeiro contato com o uso do crack até suas aspirações para o futuro. Já com os profissionais do CR, a discussão girou em torno do primeiro contato com as usuárias, do acolhimento e do tratamento oferecido para mitigar os danos causados pelo uso do crack e a visão desses profissionais sobre elas. As campanhas nacionais de combate ao crack foram analisadas para entender como as mulheres usuárias são percebidas por quem faz essas políticas públicas. As próprias usuárias tiveram a oportunidade de assistir a essas campanhas, as quais nunca haviam visto antes, e compartilharam suas opiniões, revelando as dissonâncias e ressonâncias entre as campanhas e a realidade vivida por elas. Essa pesquisa, ancorada na história de vida das mulheres, marcada por sofrimento, abusos e desamparo, busca amplificar as vozes daquelas que realmente devem ser ouvidas na construção de políticas públicas mais alinhadas às suas vivências nas ruas. Ao trazer à tona essas experiências, a tese contribui para uma compreensão mais profunda e humana das necessidades e desafios enfrentados por mulheres usuárias de crack, ressaltando a importância de um olhar sensível e informado na formulação de intervenções e políticas voltadas a essa população.

Aluna: Luana Luciana Ribeiro de Alencar

Orientadora: Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Carlos Marcelos Rossal Núñes (DAS/Udelar)

Francisco Inacio Pinkusfeld Monteiro Bastos (PPGEPI/Ensp/Fiocruz)

Wedencley Alves Santana (PPGCOM/UFJF)

Suplentes

Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Natália Helou Fazzioni (MPAPS/UFRJ)

 

Defesa
Defesa de Tese de Doutorado - 'No seu devido lugar’ – O papel da biblioteca de pesquisa em saúde na ciência contemporânea: um olhar exploratório sobre a Fiocruz
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo:

A presente tese tem como tema a transformação das bibliotecas de pesquisa, particularmente àquelas voltadas para a saúde, no contexto contemporâneo. Inicialmente, discute-se a importância histórica e simbólica das bibliotecas como espaços sagrados de preservação do conhecimento. Através dos séculos, as bibliotecas têm sido centrais para a cultura e a academia, mas o avanço das tecnologias digitais, a partir do final do século XX, coloca em xeque esse papel tradicional. Além disso, o movimento da Ciência aberta e a necessidade de adaptação às novas demandas dos usuários, são aspectos que exigem um novo posicionamento das bibliotecas de pesquisa. Em países periféricos, como o Brasil, onde a ciência tem características próprias, a situação das bibliotecas de pesquisa pode divergir significativamente daquelas em países centrais. O estudo propõe, assim, uma análise crítica do papel das bibliotecas de pesquisa em saúde, especialmente em instituições de ensino e pesquisa no Brasil, sugerindo que qualquer mudança ou evolução dessas bibliotecas deve ser organicamente ligada ao desenvolvimento local da ciência e ao processo de formação de pesquisadores. O campo empírico do estudo se dá na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde se buscou analisar as relações entre os Programas de Pós-graduação (PPG) e as bibliotecas da instituição, a partir dos conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) de 8 (oito) coordenadores de PPG, ranqueados com notas 6 ou 7 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os resultados testemunham uma mudança profunda nas relações entre os PPG e as bibliotecas a partir das últimas três décadas, que refletem principalmente mudanças atitudinais e de práticas, ainda que elas sejam reconhecidas como fundamentais para o ensino e a pesquisa. A tese finaliza com algumas sugestões para o planejamento e gestão das bibliotecas na instituição, buscando por uma maior aproximação com a comunidade científica, e contribuindo para restituir a elas o seu 'devido lugar'.  

Aluna: Simone Faury Dib

Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segunda Orientadora:  Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Michely Jabala Mamede Vogel (PPGCI/UFF)

Carlos Henrique Marcondes de Almeida (PPGCOC-ECO/UFMG)

Suplentes

Viviane Santos de Oliveira Veiga (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Angela Maria Belloni Cuenca (FSP/USP) 

Qualificação
Qualificação de Doutorado - Os inquéritos nacionais como fontes de informação para o monitoramento das políticas públicas sobre o diabetes
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo:
As informações em saúde são cada vez mais utilizadas para entender o contexto de saúde de cada grupo populacional. O uso da informação, aparece no contexto atual de forma estratégica para criar políticas que geram subsídios para o desenvolvimento de orientações e ações práticas para mudanças de hábitos e comportamentos da população. No Brasil, as informações em saúde são coletadas principalmente pelos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde (SIS) fornecerem um conjunto importante de informações em saúde, estas não são suficientes para identificar os problemas de saúde da população, sendo assim, os inquéritos populacionais se tornam cada vez mais necessários para suprir essa necessidade de dados sobre a saúde no Brasil. Dentre as doenças que são monitoradas por indicadores calculados com dados dos inquéritos nacionais está o diabetes. O diabetes mellitus se configura hoje como uma epidemia mundial sendo um grande desafio para os sistemas de saúde de todo mundo. Os inquéritos populacionais são importantes fontes de informação e deles podem ser calculados uma série de indicadores para monitoramento e avaliação das políticas públicas relacionadas ao diabetes mellitus. Mapear as informações disponíveis sobre diabetes nos inquéritos populacionais e propor um conjunto de indicadores que permita o monitoramento, não só da prevalência, mas também da assistência prestada, pode auxiliar os gestores de saúde na formulação de novos programas e novas políticas, além de permitir a avaliação dos programas já existentes. No presente trabalho, com a identificação dos indicadores já existentes no Ministério da Saúde e com a possibilidade de propor possíveis indicadores que ainda não estão estabelecidos, será possível conhecer e proporcionar informações e instrumentos cada vez mais completos que possibilitam a produção de informações cada vez mais qualificadas e relevantes para a tomada de decisão e formulação de políticas, permitindo assim, uma melhor qualidade de vida maior para a população de vive com diabetes.                                                                                                                   
 
Aluna: Luciana Ribeiro Abranches
Orientador: Paulo Roberto Borges de Souza Júnior (PPGICS/Icict/Fiocruz)
 
Banca:
Titulares

Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Deborah Carvalho Malta (ENF/UFMG)

Suplente

Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Defesa
Defesa de dissertação de mestrado - Covid-19, Atenção Primária à Saúde e “Outubro Rosa”: uma análise sobre as solicitações de mamografias no SISREG no Município do Rio de Janeiro, de 2018 a 2022
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo:
O câncer de mama é o tipo de câncer com a segunda maior incidência no Brasil, atrás do câncer de pele não melanoma. É a principal causa de morte por câncer na população feminina na maioria das regiões do país, com destaque para as regiões Sudeste e Sul. No município do Rio de Janeiro, a estimativa da taxa bruta de incidência para câncer de mama feminina é de 130 por 100 mil habitantes em 2023, a maior entre todas as capitais do país. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a indicação é de que a mamografia de rastreio seja realizada a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos e para a mamografia diagnóstica, mulheres com sinais e sintomas suspeitos para esse tipo de neoplasia, independente da idade. Um diagnóstico em tempo oportuno possibilita maior sobrevida e menor morbidade, porém condições socioeconômicas, comunicacionais, geográficas, bem como questões de emergência em saúde pública podem trazer barreiras à descoberta precoce de doenças, em especial das neoplasias. Esta pesquisa analisa as desigualdades nas solicitações de mamografia por meio do Sistema Nacional de Regulação (SISREG) no município do Rio de Janeiro e seus determinantes, como o impacto de campanhas, da infraestrutura do sistema de saúde primária, e o efeito da pandemia da Covid-19 no represamento dessas solicitações. O estudo adota uma abordagem quantitativa exploratória e analisa dados de solicitações de mamografia (diagnóstica e de rastreamento). Foram comparados os volumes de solicitações nos períodos pré-pandêmico (2018-2019) e pandêmico (2020-2022) da Covid-19. No período analisado, foram registradas 436.036 solicitações de mamografia no SISREG, com a maior parte das solicitações concentrada na faixa etária de aproximadamente 50 a 70 anos. Destaca-se o baixo volume de mamografias solicitadas, considerando que apenas para a mamografia de rastreamento seria necessário realizar cerca de 400.000 exames por ano no município. Observou-se uma queda significativa nas solicitações de mamografias durante os picos de casos e óbitos por Covid-19. Foi possível identificar também que as áreas com maior cobertura de Estratégia de Saúde da Família (ESF) tendem a apresentar maiores taxas de solicitação de mamografia, bem como os meses de outubro se destacam por terem os maiores volumes a cada ano. A pesquisa evidencia a importância do planejamento de serviços com base na análise espacial da rede de saúde a partir das estimativas populacionais e características do território, bem como a relevância do SISREG como ferramenta de gestão e monitoramento da saúde pública, sugerindo melhorias nas práticas de rastreamento e na gestão de recursos de saúde.
Aluna: Jualiana Paranhos Moreno Batista
Orientador: Christovam de Castro Barcellos Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Rejane Sobrino Pinheiro (IESC/UFRJ)

Suplentes

Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Paula Chagas Bortolon (SMS/RIO)

Acadêmico
6ª Jornada Discente PPGICS - Ciência Aberta: trajetórias e perspectivas
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré

Qualificação
Qualificação de Mestrado - Comunicação, saúde e decolonialidade: um olhar sobre a população em situação de rua do município de Niterói
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo:

A pesquisa concentra seus esforços na análise dos documentos institucionais e materiais de comunicações produzidos pelas Secretarias Municipais de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES) e de Saúde (SMS), no município de Niterói. O objetivo é, através de uma abordagem pautada pelas teorias decoloniais, identificar e questionar as narrativas dominantes, desconstruir estereótipos e contribuir para promover uma perspectiva mais inclusiva e sensível às demandas específicas de saúde desse grupo vulnerável. A metodologia consiste em uma análise de conteúdo dos documentos institucionais. Por essa abordagem buscaremos identificar nos textos e imagens das políticas, planos e outros documentos sobre a saúde e de materiais comunicacionais utilizados com a população em situação de rua, representações, estereótipos e expressões de linguagem que possam perpetuar o racismo estrutural e a marginalização dessa população. A análise sempre se pautará pela valorização dos saberes locais e as experiências dos indivíduos em situação de rua. Assim, desejamos produzir e em consequência promover uma reflexão crítica sobre os documentos e materiais produzidos pelas SMASES e SMS de Niterói. A pesquisa destaca a importância da epistemologia decolonial para uma abordagem mais justa, inclusiva e respeitosa das necessidades de saúde desses indivíduos.

Aluna: Jaçanã Lima Bouças Correia

Orientadora: Inesita Soares de Araujo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nadja Maria Souza Araújo (AgSUS)

Suplentes

Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Aluízio de Azevedo Silva Júnior (Laces/Icict)