Comunicação e Saúde na IV Feira do Livro da Unesp

Até o dia 8 de maio, a IV Feira do Livro da Unesp  leva, mais uma vez, a experiência de uma feira literária para dentro da casa dos leitores. Com a participação de mais de 160 editoras, que oferecem centenas de livros de diferentes gêneros com 50% de desconto, a Feira ocorre virtualmente e tem a Editora Fiocruz como participante do evento.

A ação reforça a missão da Editora de ampliar a circulação de livros e o acesso ao conhecimento científico nas diversas áreas da saúde. Com quase cem títulos pela metade do preço, a Editora oferece obras que incluem os mais variados temas das áreas de saúde pública e saúde coletiva, com debates relacionados a pandemias e epidemias, história da saúde, epidemiologia, saúde mental, saúde global e diplomacia em saúde e comunicação e saúde.  

Dentre os títulos, dois têm autoria de professores do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde e integram a coleção Temas em Saúde: Direito à comunicação e saúde, de Luiz Felipe Stevanims e Rodrigo Murtinho, e Representações midiáticas da saúde, de Igor Sacramento e Wilson Borges.

Os dois livros foram pensados e publicados com base nos desafios e nos debates levantados pela pandemia do novo coronavírus, quando a proliferação da cobertura midiática de saúde passou a assumir um papel de grande importância no cotidiano global.

Para Stevanim e Murtinho, Direito à comunicação e saúde, publicado em 2021, tem como objetivo principal compreender as relações entre comunicação e saúde à luz dos direitos humanos. Para tanto, trabalharam com perguntas que fundamentam os debates propostos: como podemos garantir as necessidades em saúde das populações em situação de vulnerabilidade, dos povos indígenas, dos povos quilombolas, das pessoas vivendo com HIV/aids, das pessoas em situação de rua? Como podemos ouvir e vocalizar as suas demandas em saúde? Como proteger crianças e adolescentes e combater violações de direitos humanos nos meios de comunicação? Como assegurar o direito à voz dos trabalhadores e trabalhadoras do SUS? Como o acesso à internet, a liberdade de expressão nas redes e a proteção de dados pessoais se relacionam com o campo da saúde? Qual é a representação que a mídia faz do SUS?

Todas essas questões são propostas para analisar a relação intrínseca e indissociável entre os direitos à saúde e à comunicação e os conceitos de cidadania e democracia, principalmente em um contexto em que o foco está direcionado para as políticas de saúde e o SUS.

Já a questão que norteia o livro de Igor Sacramento e Wilson Couto Borges, Representações midiáticas da saúde, lançado em 2020, propõe refletir sobre “o lugar que a mídia ocupa nas configurações das representações de saúde e doenças. Os estudos dos autores contemplam questões do corpo que dialogam com a reconfiguração da ideia de fatores de risco, trazido novamente pela Covid-19, que classificou indivíduos, sujeitos e grupos sociais – idosos, pessoas com doenças cardiovasculares preexistentes e obesas – como aqueles que correm maior risco.

O título propõe, assim, refletirmos sobre dimensões das representações midiáticas da saúde, como noções de corpo em forma, cirurgia bariátrica, obesidade, cultura do fitness e dismorfia corporal (marcada pela insatisfação obsessiva de uma pessoa com seu próprio corpo), para além da associação a uma ideia de espelho ou de distorção. Os autores ressaltam que a representação é, sobretudo, um campo de disputas por poder, incluindo o poder de representar. Nesse contexto, para pensarmos sobre representação midiática, é preciso destacar e entender o lugar da mídia na construção de efeitos não só simbólicos da representação, mas também na hierarquia e na definição de fatores e grupos associados a risco na demarcação de fronteiras entre aceitável e inaceitável, normal e patológico, bom e mau.

Sacramento e Borges desenvolvem assim uma reflexão sobre o papel de várias mídias – veículo impresso, programas de entrevistas e entretenimento de televisão, YouTube – não só como ferramenta, mas como palco dos acontecimentos da vida contemporânea. Com foco na representação midiática sobre a saúde, mostram que a questão da representação transcende o campo da saúde, atuando e interferindo em todas as áreas da vida social.

O desconto de 50% nos livros da Editora Fiocruz será concedido diretamente na Livraria Virtual. Nas compras on-line, a Editora envia para todo o Brasil com frete grátis, na modalidade PAC/Correios.

Editora Fiocruz no evento: https://feiradolivrodaunesp.com.br/fiocruz/

Livraria Virtual da Editora Fiocruz: http://www.livrariaeditorafiocruz.com.br/  

Sobre os autores:

Luiz Felipe Stevanims, jornalista, mestre e doutor em Comunicação, é tecnologista em saúde pública na Fiocruz, onde exerce a função de editor e jornalista do Programa Radis de Comunicação e Saúde, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). É professor no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/ Fiocruz) e membro do Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia Política da Informação e da Comunicação (PEIC/UFRJ). 

Rodrigo Murtinho, graduado em Produção Editorial, mestre e doutor em Comunicação, é diretor do Icict/Fiocruz, onde é também membro do corpo docente e pesquisador no Laboratório de Comunicação e Saúde. Participa dos seguintes grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): Comunicação e Saúde (Fiocruz) e Políticas e Economia Política da Informação e da Comunicação (PEIC/UFRJ). É integrante do Grupo de Trabalho de Comunicação e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Na Fiocruz, participa também da Comissão de Implementação da Política de Comunicação e do Comitê de Governança em Tecnologia da Informação e Comunicação.

Igor Sacramento, graduado em Comunicação Social, mestre e doutor em Comunicação, é coordenador e professor permanente do PPGICS. Pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (Laces) do Icict/Fiocruz, é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, e coordena, com Wilson Borges, o Núcleo de Estudos em Comunicação, História e Saúde (Nechs). É pesquisador do Observatório Saúde na Mídia (Laces/Icict/Fiocruz) e editor científico da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis), vinculada ao Icict/Fiocruz.

Wilson Couto Borges, graduado em Comunicação Social, especialista em História do Brasil, mestre em Ciência Política e doutor em Comunicação, é pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (Laces) do Icict/Fiocruz, onde é também professor permanente do PPGICS. Coordena, com Igor Sacramento, o Núcleo de Estudos em Comunicação, História e Saúde (Nechs). Compôs a equipe de analistas da pesquisa conjunta Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde/Fiocruz sobre monitoramento de H1N1 e Dengue. É pesquisador do Observatório Saúde na Mídia (Laces/Icict/Fiocruz).

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Crédito
Coordenação PPGICS
Data de publicação
1 year 11 months atrás