Impressão 3D para órteses, próteses e materiais especiais: cenário da produção e uso potencial de conhecimento no Brasil

A epidemia do Zika vírus que irrompeu no Brasil nos anos recentes trouxe à luz, junto com inúmeros desafios para o campo científico e a gestão em saúde, uma perspectiva de cuidado pouco discutida para com as crianças acometidas por transtornos neurológicos: a demanda por órteses, próteses e materiais especiais (OPME). De fato, a área de tecnologias assistivas parece ter ainda pouca visibilidade e interesse no campo acadêmico, o que se configura como um desafio a ser vencido no âmbito das políticas orientadas para a Pessoa com Deficiência (PcD). O hiato parece ser maior quando se lança o olhar sobre as oportunidades abertas pelas tecnologias de impressão 3D, as quais, teoricamente, abrem um leque de oportunidades para a produção de OPMEs de forma mais rápida e com baixo custo. É nesse contexto que se insere a presente pesquisa, que atua na linha 1 Produção, Organização e Uso da Informação em Saúde" do PPGICS e que objetiva traçar um panorama exploratório, sobre a produção de conhecimento em impressão 3D para OPMEs, com foco na produção científica, patentes e grupos de pesquisa estabelecidos no país. Adicionalmente, a pesquisa procura traçar, também de forma exploratória, o potencial de uso desses conhecimentos e competências pelo Sistema Único de Saúde (SUS), explorando uma dimensão da Rede de Cuidado da Pessoa com Deficiência (RCPD), ou seja, buscando pelos pontos de atenção à saúde para a PcD que poderiam fazer uso desses conhecimentos. Aqui, o foco é na dimensão territorial, na proximidade entre pontos de produção e uso de conhecimento, o que facilitaria o processo de translação do conhecimento. Nesse sentido, o caminho metodológico se fez tanto pela análise de fontes de informação científica e tecnológica no tema como pela identificação e territorialização dos pontos de atenção da RCPD. Esta pesquisa buscou desenvolver um panorama descritivo sobre o real e o potencial de utilização de impressão 3D para OPME no SUS, como a produção do conhecimento e desenvolvimento tecnológico nacional está respondendo às necessidades das crianças com deficiências motoras e assim conhecer os caminhos de oportunidades em inovação para a saúde pública brasileira.

Orientador
Maria Cristina Soares Guimarães
Segundo orientador (externo)
Michele Soltosky Peres
Autor
Carolina Araújo Borges
Citação

BORGES, Carolina Araújo. Impressão 3D para órteses, próteses e materiais especiais: cenário da produção e uso potencial de conhecimento no Brasil. 2021. 147f. Dissertação (Mestrado em Informação e Comunicação em Saúde) - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.

Ano
2021
Palavras-chave
Impressão Tridimensional
Equipamentos de Autoajuda
Aparelhos Ortopédicos
Próteses e Implantes
Banca (Integrantes PPGICS)
Rosane Abdala Lins
Banca (Integrantes Externos)
Joseli Soares Brazorotto
Tipo de documento
Dissertação