As novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs) estão se tornando uma parte indispensável do cotidiano do todos nós. Apesar das vantagens que apresentam, as NTICs também podem promover alguns problemas, entre eles a nomofobia: a angústia e o medo de se tornar incomunicável ao se separar do smartphone ou ficar sem o acesso à internet. Alguns autores no mundo têm se dedicado a compreender melhor esse fenômeno social. Yildirim e Correia (2015) desenvolveram uma ferramenta que identifica os níveis de nomofobia. Trata-se do Nomophobia Questionnaire (NMP-Q) que encontra-se em ampla circulação, adaptação e critica no meio acadêmico internacional. A questão que orienta o desenvolvimento da pesquisa, que se transformou nessa dissertação, visa compreender em que medida a nomofobia pode estar associada ao isolamento social proposto como medida preventiva à COVID-19. O link do Nomophobia Questionnaire (NMP-Q), traduzido para o português, foi disponibilizado no Google Forms e compartilhado nas redes sociais (Whatsapp, Facebook e Instagram). Ele foi acompanhado por outras perguntas que visavam introduzir diferentes variáveis na análise. Duzentos e vinte e dois participantes responderam ao questionário entre dezembro de 2020 e abril de 2021. Os resultados indicam que o isolamento social interferiu no aumento da incidência de nomofobia, sobretudo na população de 20 a 29 anos e de 50 a 59 anos, universitários ou com pós-graduação e com 10 a 20 salários-mínimos. Trata-se de uma investigação exploratória preliminar sobre um problema presente na vida de muitos de nós. Nosso principal objetivo com este trabalho foi incentivar a produção acadêmica brasileira sobre o tema e sugerir questões para uma possível agenda de pesquisa
MARINS, Dayana Boechat de. Nomofobia e pandemia: um estudo sobre o comportamento on-line no Brasil. 2021. 112f. Dissertação (Mestrado em Informação e Comunicação em Saúde) - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.