A preocupação de que a publicação de notícias e imagens relacionadas ao suicídio possam gerar um efeito imitativo, induzindo atos suicidas subsequentes impacta na maneira como a mídia trata o assunto, dificultando seu debate e prevenção. Há indícios que corroboram essa preocupação, especialmente na mídia impressa, mas também em telejornais e documentários. O mesmo não é conclusivo quanto à representação do autoextermínio na ficção, especialmente em filmes. Verifica-se no cinema ficcional uma abordagem na qual transtornos mentais tendem a aparecer em segundo plano. Filmes exploram forças ou motivos externos ao indivíduo, permitindo observar o suicídio através de aspectos sociais. Buscamos aprofundar os conceitos de imitação, imagem e normatividade para então analisar alguns filmes que abordam o suicídio egoísta, por seu caráter paradigmático na problematização do autoextermínio. Espera-se que este recurso exegético permita avançar no entendimento do papel do cinema ficcional, visando contribuir para a compreensão sobre o suicídio e sua prevenção.
CESAR, R. G. F. O suicídio no cinema: os filmes de ficção e o problema da prevenção. 2017. 162 f. Dissertação (Mestrado em Informação e Comunicação em Saúde) - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.