“Pensar a pesquisa científica como possibilidade de mudança”. O coordenador do Programa do Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), Igor Sacramento, abriu a Semana de Abertura do Semestre Letivo com essa proposta para os novos alunos do Programa: “A produção científica interdisciplinar relacionada à informação e comunicação em saúde é de fundamental importância para a defesa da democracia e da ciência cidadã inclusiva, própria da saúde pública e do SUS”.
O primeiro evento da Semana recebeu discentes e docentes para apresentar o Programa e propor reflexões e debates a partir do tema do evento: “A ciência interdisciplinar e a luta pela democracia no Brasil”. Na mesa de abertura, além de Igor Sacramento, estavam presentes o diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Rodrigo Murtinho, a vice-diretora de Ensino do Icict, Mel Bonfim, e a coordenadora adjunta do PPGICS, Kizi Araújo.
O público, formado por novos e antigos alunos, docentes do Programa e pesquisadores do Icict, teve a oportunidade de ouvir detalhadamente a missão, a estrutura organizacional e a proposta político-pedagógica do Instituto, além de ter acesso a documentos, ementas e informações do PPGICS contidas no site do Programa.
Rodrigo Murtinho reforçou a fala de Igor Sacramento, destacando a importância deste novo ano para a ciência e a tecnologia com a mudança de propostas, estratégias e ações: “Os ataques à ciência e as tentativas de censura dos últimos anos reforçaram a necessidade de lutarmos pelo espaço da ciência e pelo acesso à comunicação, que deve ser atualizado a cada novo semestre, a cada nova proposta de desenvolver pesquisas e produzir conhecimento”.
Mel Bonfim apresentou a estrutura do Icicit e do PPGICS e destacou a responsabilidade de cada aluno do Programa e de cada pesquisador com relação à missão educacional do Instituto – investigar e analisar criticamente o circuito social do conhecimento, buscando compreender a especificidade de contextos e processos de produção, mediação, circulação e apropriação de informações e dispositivos de comunicação, assim como de atores, redes e políticas presentes no campo da saúde. Em sua apresentação de boas-vindas, encontram-se informações como essas e outras de ordem prática sobre os campi Fiocruz Manguinhos e Fiocruz Maré. Para ter acesso e lembrar do que foi apresentado, basta clicar aqui.
Kizi Araújo reforçou a importância da participação e do envolvimento em atividades acadêmicas e da produção de artigos e textos científicos como parte integrante do compromisso de devolver para a sociedade o conhecimento produzido com a pesquisa e contribuir para o fortalecimento dos princípios de universalidade, equidade e integralidade do SUS.
Encerrando a parte da manhã, Etinete Nascimento Gonçalves apresentou aos novos alunos o Centro de Apoio ao Discente (CAD) e o trabalho que realizam para auxiliar a vida acadêmica de todos e todas. A coordenadora do CAD informou que discentes devem procurar o Centro quando tiverem dificuldades de adaptação, problemas de relacionamento ou quando fatores emocionais interferirem negativamente no processo formativo; quando desejarem informações ou orientações que auxiliem na sua integração; quando precisarem de encaminhamento a profissionais e/ou serviços especializados; solicitarem um trabalho voltado a um grupo específico e/ou quando estiverem com dificuldades de aprendizagem ou para produzir trabalhos acadêmicos.
À tarde, a mesa “O PPGICS, a interdisciplinaridade e a Pesquisa”, com os professores representantes das três Linhas de pesquisa do Programa, Cristina Guimarães, Ricardo Dantas e Wilson Borges, mediados por Igor Sacramento, ampliaram o debate sobre as responsabilidades de fazer ciência no Brasil, principalmente como membros de um programa que recebeu nota 6 da Capes na última avaliação: “Estar aqui é fundamental para que vocês participem e conheçam os processos de produção e avaliação da área interdisciplinar do qual fazem parte e tenham a consciência da importância ética e cidadã de devolverem e compartilharem o que aprenderam e produziram individual e coletivamente”.
Cristina, Wilson e Ricardo reafirmaram a importância da interdisciplinaridade e da perspectiva inclusiva, cerne da prática e do valor democrático. Para Cristina, é fundamental saber que a interdisciplinaridade nasce do dissenso, “da troca e da interação ética entre diferentes formações disciplinares e profissionais e entre professor e aluno”. Wilson Borges ressaltou a necessidade de atentarmos para contextos e rastros de historicidades, exercitando sempre a desconfiança, a curiosidade, a inteligência e a percepção de questões intrínsecas à sociedade em que vivemos e trabalhamos: “Nossas pesquisas têm que chegar ao SUS, melhorar e solidificar o direito e o acesso à saúde e à comunicação como direitos humanos inegociáveis”. Ricardo concorda com seus colegas e acrescenta: “A diversidade de temas e metodologias com os quais trabalhamos aqui nos ajudam a desenvolver pesquisas que impactam e inovam os processos e circuitos do SUS, da saúde coletiva. Essa é a nossa responsabilidade e, a partir de agora, também a de vocês”.
Para assistir a mesa integralmente e se aprofundar ainda mais sobre o PPGICS, a interdisciplinaridade e a pesquisa, acesse o link: https://youtube.com/live/VYYRSP_Sbt4?feature=share
Amanhã, a Semana continua com a mesa “Os desafios para a pesquisa interdisciplinar e a pós-graduação no Brasil recente”, com Eduardo Winter, coordenador da área Interdisciplinar da Capes, e Paulo Vaz, coordenador da área Comunicação e Informação da Capes, mediados pela professora e pesquisadora Janine Cardoso.
Para saber a programação completa da semana de Abertura PPGICS 2023, clique aqui.