Título: Prioridade ou descaso? A extinção do Consea e o direito à alimentação na Maré

Resumo: Nesta pesquisa, a informação e a comunicação são vistas em sua interface com a saúde e com as políticas públicas, visão que irá permear a investigação sobre as relações possíveis entre a atuação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) – extinto em 2019 – e a reverberação desta na atuação da Organização não Governamental (ONG) Redes da Maré. Partindo da premissa de que a alimentação é um direito de todo cidadão brasileiro, estudar sobre um conselho que foi desfeito, mas que fomentava políticas públicas na área da alimentação, é importante para entender os efeitos dessa extinção na efetivação de tais políticas. Com essa perspectiva, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar o conteúdo presente nos relatórios anuais do Redes da Maré, entre os anos de 2017 e 2021, verificando as diferenças entre o período em que o Consea atuava e o que sucedeu a sua extinção. Metodologicamente, nos apoiamos em dois métodos diferentes. O primeiro diz respeito a análise de conteúdo, trabalhado principalmente por Bardin (1977), que tem por objetivo descrever e quantificar o conteúdo presente no texto e interpretá-los a partir de uma análise do contexto social e institucional pela qual a mensagem foi produzida. Já o segundo, baseia-se na análise da construção daqueles discursos pelas pistas deixadas em sua materialidade, e é orientado por Ginzburg (1989), que trata de um método reconhecido como indiciário, no qual o contexto histórico e a construção social são de grande valia para a construção de uma análise mais crítica e aprofundada do conteúdo produzido. Percebe-se que houve uma maior incidência dos assuntos relacionados à saúde e ao direito à alimentação entre os anos de 2019 e 2021, mas relacionada com os problemas enfrentados neste território e com um contexto de emergência sanitária ancorado pela pandemia de Covid-19.

Aluna: Juliana Barbosa da Silva

Orientador:  Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Dr. ª Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. ª Alynne Mendonça Saraiva Nagashima (PPGSCOL/UFRN)

Suplentes

Dr.ª Adriana Cavalcanti de Aguiar (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Giane Moliari Amaral Serra (DNSP/UniRio)

Data: 31/03/2023 - sexta-feira / Horário: 9h30min

Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré

Título: Ciência e sexualidade: a produção científica sobre atenção à saúde de mulheres lésbicas

Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo caracterizar a produção científica sobre a saúde de mulheres lésbicas a partir de métodos bibliométricos, buscando compreender a dinâmica de produção de conhecimento sobre a temática e desvelar as maneiras pelas quais a ciência tem abordado a saúde desse grupo social. Utiliza como método a pesquisa bibliométrica, com caráter exploratório e descritivo, e abordagem quali-quantitativa, tendo como objeto de análise publicações científicas recuperadas a partir de buscas nas fontes de informação Scopus e Web of Science. Apresenta uma reflexão sobre a construção dos discursos sociais sobre as lesbiandades, traçando um panorama histórico sobre a homoafetividade feminina no mundo ocidental, da Antiguidade aos dias atuais. Aborda os três principais paradigmas que direcionaram os discursos coletivos acerca das relações entre mulheres, são eles: o discurso religioso, o discurso médico e o político. Apresenta os estudos métricos da informação, suas origens, métodos, funcionalidades e principais aplicações. Os resultados demonstram que a saúde de mulheres lésbicas é tema pouco explorado no Brasil, e apontam uma produção científica ainda incipiente, fruto de uma comunidade científica pouco estruturada. O panorama descortinado através das publicações analisadas evidencia a tendência universalizante da abordagem da científica sobre o tema, onde as especificidades em saúde da população lésbica são tratadas de maneira tangencial. Recomenda, por fim, o fortalecimento e estruturação da produção de dados e estudos científicos voltados à saúde de mulheres lésbicas, bem como o envolvimento das esferas político-institucionais no estímulo a esforços científicos voltados ao tema, através de editais e iniciativas de fomento.

Aluna: Raquel da Silva Teixeira

Orientadora:  Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Dr. ª Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. ^e Jac Ribeiro (PPGCI/UFF)

Suplentes

Dr.ª Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Bruna Silva do Nascimento (PPGB/UNIRIO)

Data: 30/03/2023 - quinta-feira / Horário: 13h30min

Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré

Título: Violência, evasão e abandono escolar em crianças e adolescentes na perspectiva da informação em saúde: análise de notificações no município de Duque de Caxias - RJ

Resumo: Esta tese de doutorado tem como tema o uso de Sistemas de Informação em Saúde como instrumento para analisar a evasão e abandono escolar de crianças e adolescentes em situação de violência e teve como pressuposto o abandono e evasão escolar de crianças e adolescentes identificados através notificações de situações de violência como um problema de saúde na perspectiva da informação em saúde. Na concepção da saúde pública brasileira, o uso de informações confiáveis e oportunas constitui-se um insumo potencial para subsidiar políticas públicas necessárias à prevenção primária e ao enfrentamento da violência. O estudo teve como objetivo geral compreender o potencial do Sistema de Informação sobre violência para analisar o abandono e a evasão escolar motivados por situações de vulnerabilidades presentes nas diversas formas da vitimização de violência contra crianças e adolescentes. A pesquisa teve como método de análise a abordagem quantitativa com delineamento descritivo e exploratório. Para a identificação e a caracterização da amostra, foram considerados os casos de violência coletados através do preenchimento da Ficha de Notificação Individual de Violência Interpessoal e Autoprovocada captadas no atendimento às vítimas nos serviços de saúde e notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os dados foram tabulados, analisados e discutidos a partir dos indicadores sociodemográficos e epidemiológicos da violência interpessoal e autoprovocada por meio de frequências absolutas e relativas. Os resultados laçam luzes para a vulnerabilidade desta população, reforçada pelo afastamento do ambiente escolar e pela gravidez na adolescência. São discutidas algumas fragilidades e limitações das fichas de notificação de violência, tanto no que diz respeito ao seu preenchimento pelo notificador, quanto pela ausência de informações importantes que poderiam fornecer um melhor retrato da situação de saúde e vulnerabilidades destas crianças e adolescentes, que, quando não inseridos no contexto escolar, estão mais vulneráveis a situações de violência. Embora muitas vezes a violência vivida em seu âmbito e as desigualdades que atravessam seus espaços também favoreçam o afastamento da escola.

Aluno: Edvaldo da Silva

Orientador: Paulo Roberto Borges de Souza Junior (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segunda Orientadora: Joviana Quintes Avanci (Claves/Ensp/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Dr. ª Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.  Ricardo Antunes Dantas de Oliviera (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Simone Gonçalves de Assis (CLAVES/Ensp/Fiocruz)

Dr.ª Marilyn Anderson Alves Bonfim (VDE/Icict/Fiocruz)

Suplentes

Dr.ª Adriana Cavalcanti de Aguiar (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães (PPGSPMA/Ensp/Fiocruz)

Data: 29/03/2023 - quarta-feira / Horário: 9h

Local: Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré

Título: Prática baseada em evidência na Atenção Primária em Saúde: um estudo no município do Rio de Janeiro

Resumo: A Atenção Primária à Saúde (APS) é o primeiro contato com o sistema nacional de saúde e a primeira etapa em uma construção contínua de atenção. A APS está embasada em um cuidado a saúde preventivo, integral, que enfatiza que a atenção do profissional de saúde esteja mais próxima do ambiente sociocultural dos indivíduos e famílias para a prevenção e o controle do adoecimento. Nesse contexto, a Prática Baseada em Evidência (PBE) se faz essencial, uma vez que tem como definição a utilização da melhor evidência científica para auxiliar na tomada de decisão clínica, possibilitando um atendimento eficaz de acordo com a necessidade do usuário e/ou de sua comunidade. Pesquisas recentes têm reconhecido a importância da PBE na APS e, consequentemente, no sistema de saúde, mas poucos estudos abordam a PBE nesse contexto. Frente a essa lacuna na literatura brasileira, este estudo tem como objetivo analisar o uso da PBE por profissionais de saúde que atuam no contexto da APS, realizando um estudo de caso no município do Rio de Janeiro - RJ. Por meio do “Questionário de Prática Baseada em Evidência e Efetividade Clínica” validado internacionalmente, e de um questionário auxiliar, vamos verificar se esses profissionais usam a PBE em sua prática clínica; se desenvolvem iniciativas afins à PBE; onde buscam informação para nortear suas práticas; se conhecem e utilizam o conceito de PBE; além de identificar seus conhecimentos e suas habilidades para o desenvolvimento da PBE. Espera-se que as informações apresentadas neste estudo possam subsidiar a implementação dessa prática na APS, com a finalidade de otimizar o cuidado e as ações em saúde voltadas para a população brasileira.

Aluna: Carolina Cruz de Souza

Orientadora: Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)

Banca:

Titulares

Dr. ª Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.  Jorge Otávio Maia Barreto (UNB/Fiocruz)

Suplentes

Dr. Márcio Sacramento de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Data: 23/03/2023 - quinta-feira / Horário: 10h

Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré

Assista e participe pelo chat do link: http://bit.ly/3SAvlJq 

Título: Avaliação da acurácia da informação em sites de acidentes por escorpiões no Portal do Ministério da Saúde 

Resumo:  As novas tecnologias de informação e comunicação permitem o acesso, a produção e o compartilhamento de informações em qualquer tempo e lugar sobre vários assuntos. Elas estão quebrando as barreiras físicas e geográficas, além de proporcionarem novas práticas sociais, políticas e econômicas. A saúde é uma das áreas em que há maior interesse dos usuários. Muitas informações de saúde estão incorretas, incompletas ou incompreensíveis. A avaliação da qualidade da informação de saúde disponível na internet é uma das formas de combater este problema. Este trabalho visa construir um instrumento de avaliação da acurácia da informação de sites de acidentes com escorpião orientado pela “Medicina Baseada em Evidências”, com o auxílio do Dynamed: um ambiente virtual que oferece informações baseadas em evidências, atualizadas e com qualidade, facilmente localizáveis em um banco de dados. Além disso pretende avaliar o site de acidentes com escorpião disponível no portal “Saúde A a Z” do Ministério da Saúde. O escorpionismo foi escolhido por ser um agravo que apresenta acentuada expansão em sua distribuição espacial no Brasil nos últimos anos. O instrumento construído é composto por 21 indicadores abarcando a prevenção, o diagnóstico, os sintomas e o tratamento de acidentes com escorpiões. Os resultados da utilização deste instrumento na avaliação da acurácia da informação revelaram um índice de aproximadamente 30% de conformidade entre as informações presentes na ferramenta e aquelas disponíveis no site do Ministério da Saúde. 

Aluna: Fabiana de Azevedo Soares 

Orientador: André de Faria Pereira Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Segundo Orientador: Rodolfo Paolucci (ETEOT/Faetec) 

Banca: 

Titulares 

Dr.^a Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr. Claudio Mauricio Vieira de Souza (IVB) 

Suplentes: 

Dr.ª Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.ª Tânia Cristina Oliveira Valente (PPGENFBIO/Unirio) 

Data: 28/02/2023 -   terça-feira  / Horário: 10h 

Local: Sala 710 – Campus Fiocruz Maré 

Título: Comunicação da ciência e sua relação com a percepção pública e o engajamento comunitário: um estudo de caso na comunidade do Complexo da Maré

Resumo: A pandemia de covid-19 trouxe a ciência para o foco de todas as conversas e veículos de comunicação em um momento em que a ciência desempenhava papel crucial na busca de informações e compreensão sobre a doença. Processos científicos foram evidenciados e as divergências de opinião e pesquisas refutadas movimentaram bastante a sociedade gerando um impacto misto na percepção pública da ciência, destacando tanto sua importância como suas limitações e seus desafios. Quando se trata de populações vulnerabilizadas, diante de uma emergência sanitária, as inequidades e disparidades ficam muito mais evidentes. Como essas comunidades são invisibilizadas e negligenciadas pelas prefeituras, as organizações não governamentais locais buscam apoio e formas de amenizar a situação da comunidade. A Redes da Maré, organização da sociedade civil, se mobilizou para informar e comunicar de forma clara e objetiva a população, auxiliando e orientando os morados em diversas questões sociais e de saúde, conseguindo parcerias para o enfrentamento da pandemia; parcerias essas, que propiciaram para que um estudo inédito da Fiocruz acontecesse na comunidade, em que a vacinação em massa dessa população foi o ponto de partida. Diante do exposto, surgiram diversos questionamentos que serviram para nortear este estudo. Será realizado um estudo exploratório por meio de um questionário buscando avaliar a percepção da população do Complexo da Maré a respeito da ciência analisando se/e de que forma a comunicação realizada na comunidade teve impacto na participação e no engajamento com os voluntários da pesquisa Vacina Maré.

Aluna: Gabriela Daniel Brandão 

Orientadora: Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Dr.ª Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Carla da Silva Almeida (NEDC/COC/Fiocruz)

Suplente

Dr. Marcio Sacramento de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Data: 03/03/2023 - sexta-feira / Horário: 14h

Local: Sala 410 –  Campus Fiocruz Maré

Título: Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor’: redes de comunicação, cuidado e saúde mental entre mulheres

Resumo: Esta pesquisa nasceu com o objetivo de compreender a dimensão comunicacional das redes de apoio que as mulheres acionam e constituem para lidar com saúde mental em meio à pandemia. Em crises sanitárias, as mulheres estão entre os grupos mais vulneráveis aos impactos das desigualdades sociais, que se materializam em situações como maior dificuldade de acesso à saúde, exposição acentuada às violências visíveis ou não, desemprego, fome, perda de renda, sobrecarga decorrente das jornadas múltiplas de trabalho e ataques aos direitos conquistados anteriormente (BEAUVOIR, 1949). Este cenário é propício à produção de sofrimento psíquico e adoecimento das mulheres, por aumentar as vulnerabilidades e precarização da vida (BUTLER, 2011). Historicamente silenciadas, subalternizadas e violentadas de múltiplas formas, as mulheres sofrem com a negação de direitos e com diversas formas de silenciamento. De modo particular, as mulheres que convivem com sofrimento psíquico vivenciam o estigma e a deslegitimação das suas falas. Neste contexto, vemos o direito à comunicação como parte fundamental do direito à saúde, com duas dimensões: direito à informação e direito à voz (ARAUJO; CARDOSO, 2007). Adotamos a perspectiva teórica de Araujo (2002) pela qual a comunicação opera como um espaço e um processo no qual e pelo qual as pessoas em diferentes posições sociais produzem sentidos, os fazem circular e deles se apropriam. Logo, o direito à comunicação é atravessado e demarcado por disputas simbólicas e negociações constantes. Adotamos o conceito de lugar de interlocução (ARAUJO, 2002), como eixo conceitual-metodológico para estudar as dimensões comunicacionais deste projeto, considerando que a distribuição do poder de fala é móvel e que uma pessoa pode se enquadrar em mais de um lugar, de acordo com seus contextos sociais, situacionais, institucionais e pessoais. A comunicação é, por esta via, um recurso central para a garantia de outros direitos que, no caso das mulheres, estão relacionados a como elas podem constituir e acionar suas redes de comunicação sobre cuidado para lidar com a saúde mental em meio à pandemia. A metodologia incluiu conversas individuais e coletivas com 8 mulheres que se identificam como cuidadoras parentais informais em saúde mental e vivenciaram alguma experiência em saúde mental, residentes em quatro cidades: Rio de Janeiro (RJ), Natal (RN), Salvador (BA) e Criciúma (SC). Nas rodas de conversa, experimentamos uma metodologia inclusiva, a partir da escuta e da perspectiva do protagonismo das mulheres, com base numa epistemologia decolonial, considerando-as participantes da pesquisa como coprodutoras do conhecimento produzido. Concluímos que as redes de comunicação e cuidado em saúde mental podem, em um primeiro momento, nascer como um braço das instituições de saúde, dentro dos CAPS ou de projetos de extensão, mas se organizam e multiplicam de forma dinâmica. A comunicação é basilar na constituição, organização, compartilhamento e multiplicação dessas redes. As mulheres acionam redes ou são convidadas a participar delas por meio da indicação de amigas, conhecidas, familiares, chegam até às redes por meio do acesso à educação, do contexto profissional ou da militância, ou descobrem as redes guiadas pela necessidade de cuidar. Juntas, acabam criando e fortalecendo laços de amizades com outras mulheres também estão em situação de abandono pelo Estado, pelas famílias e são invisibilizadas pelas políticas públicas, ganham força, pela troca de conhecimentos, pela possibilidade de acessar determinados lugares e lutar pelo direito à comunicação. As redes de apoio são lugares em que essas mulheres trocam informações, compartilham referências de livros, vídeos, cartilhas, eventos e munidas dessa informação, conseguem sair um pouco da periferia discursiva na busca por posições mais centrais nos espaços em que elas transitam. 

Aluna: Bruna Martins Oliveira 

Orientadora: Inesita Soares de Araujo (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Segunda Orientadora: Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Banca: 

Titulares 

Dr. ª Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr. ª Melissa de Oliveira Pereira (IBMR) 

Suplentes 

Dr.ª Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.ª Daniela Costa Bursztyn (Ipub/UFRJ) 

Data: 03/03/2023 - sexta-feira /  Horário: 13h30min 

 Local: Sala 710 –  Campus Fiocruz Maré 

Título: SUS-herói e austeridade: contradições da imprensa diante da pandemia de Covid-19

Resumo: A pesquisa analisa os jornais O Globo e Folha de S. Paulo, em períodos específicos entre março de 2020 e março de 2022, a fim de demonstrar como os principais jornais impressos do país constroem um sentido positivo para o Sistema Único de Saúde diante da pandemia de Covid-19. Neste estudo, a percepção sobre um SUS necessário, salva-vidas, é denominada SUS-herói: um SUS que inspira gratidão, pertencimento e percepção da saúde como direito. Essa construção se dá, no entanto, em um cenário de austeridade, com a vigência da Emenda Constitucional 95. Pretende-se discutir as contradições entre a construção do SUS-herói e a defesa do discurso neoliberal, que enaltece o mercado em detrimento do Estado. Partimos do pressuposto de que o SUS Midiático, que é a ideia de que a mídia constrói sentidos sobre o SUS, molda a percepção da sociedade sobre o sistema público de saúde. Nos baseamos nas teorias clássicas de Comunicação - opinião pública, agendamento, enquadramento - trazendo à tona a mediação e a midiatização, assim como as problemáticas da era digital. Também buscamos discutir as relações entre neoliberalismo e imprensa no Brasil, tendo Direito à Comunicação e Direito à Saúde como princípio basilar desse estudo.

Aluna: Hara Flaeschen de Campos

Orientador: Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Dr.ª Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Isabela Soares Santos (DAPS/ENPS)

Suplente

Dr. Igor Pinto Sacramento (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Data: 03/03/2023 - sexta-feira / Horário: 10h

Local: Sala 402 – Campus Fiocruz Maré

Título: Literacia digital em saúde e as práticas de consumo de informação e desinformação no contexto da pandemia por Covid-19

Resumo: A pandemia de Covid-19 exigiu que as pessoas adquirissem e aplicassem informação sobre saúde e adaptassem seu comportamento em ritmo acelerado. Emergiu também a discussão sobre a literacia para saúde e sobre a literacia digital como fundamentais na preparação individual para a resolução de problemas complexos da vida real e coletiva. Deste modo, partindo do pressuposto de que a desinformação se espalha rapidamente via web, é possível supor, então, que a desinformação é um grande problema de saúde pública. A pergunta de pesquisa se volta a: de que maneiras a literacia digital em saúde se relaciona com níveis mais ou menos elevados de desinformação? Nesse sentido, esse projeto de mestrado objetiva identificar algumas práticas de consumo virtual de informação e desinformação em saúde e as demandas de conhecimento, em um público maior de 18 anos, com acesso às redes sociais, dentre outras características, bem como avaliar comparativamente a esses dados e os níveis de literacia digital em saúde desta população. O trabalho está estruturado com uma breve introdução sobre os conceitos de informação e desinformação e como esses conceitos estão ligados ao direito à saúde. Em seguida, trazemos um referencial teórico que, entre outras coisas, traz o conceito de literacia para saúde e da literacia digital em saúde, além da definição da comunicação como direito, ligado intrinsecamente, ao direito à saúde.

Aluna: Daiane Batista dos Santos de Almeida

Orientadora: Ana Luiza Braz Pavão (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Dr. Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Rosane Aparecida de Sousa (RIMIS/UFTM)

Suplente

Dr.ª Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Data: 27/02/2023 - segunda-feira / Horário: 13h30min

Local: Sala 402 –  Campus Fiocruz  Maré