Título: "Jornalismo, Discurso e Epidemia: análise dos editoriais dos jornais O Globo e Folha de São Paulo durante a epidemia de H1N1 em 2009 e 2010"
Aluna: Catarina Menezes Schneider
Orientadora: Janine Miranda Cardoso (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
Banca:
Titulares
Dr. Igor Pinto Sacramento - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Drª Kátia Lerner - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Dr. Wendecley Alves Santana - PPGCOM/UFJF
Drª Danielle Ribeiro de Moraes – PPGSP/ENSP/FIOCRUZ
Suplentes:
Drª Inesita Soares de Araujo - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Drª Michele Nacif Antunes - PPGSC/UFES
Data: 28/02/2020 - Sexta-feira
Horário: 14h
Local: Sala 402, do Prédio da Expansão do Campus
Resumo: A H1N1, primeira pandemia do século XXI, foi de grande relevância social. Após 10 anos do seu surgimento, a doença ainda tem importância para os estudos, pois sua origem em outro país, o México, fez da mídia, uma das principais fontes discursivas com as quais o Brasil significou a H1N1 em seu primeiro momento. No início, por ser uma doença nova, não se sabia ao certo a sua origem e as suas consequências, por isso a mídia foi fundamental nesse momento de construção. Partindo desse ponto, a pesquisa busca compreender como o jornalismo, representado aqui pelos editoriais dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo, construiu discursivamente a epidemia de H1N1 que surgiu em 2009 e teve seu fim em 2010.
A partir de uma análise discursiva dos editoriais e da compreensão do contexto da doença a partir das matérias publicadas pelos dois periódicos, nosso objetivo nesta pesquisa é observar como o jornalismo construiu e epidemia e como os jornais se colocaram diante da doença. Buscamos observar em quais momentos da epidemia O Globo e a Folha de S.Paulo optaram por se manifestar; analisar quais foram as principais questões da H1N1 abordadas por eles e identificar que estratégias discursivas os editoriais utilizaram para construir o discurso sobre a doença.
Como procedimento teórico-metodológico, nos filiamos à Análise do Discurso (AD) da vertente francesa, representada por Eni Orlandi e Michel Pêcheux. Pelo estudo foi possível constatar que a H1N1, logo no seu surgimento, já foi considerada pelos jornais e órgãos responsáveis como uma doença de rápida evolução. O medo da H1N1 foi constatado como fundador dos discursos e a memória discursiva de outras epidemias também foram constantemente recorridas para a construção discursiva dessa nova doença.