Qualificação de Doutorado -  Ciência cidadã e evidências científicas na avaliação de tecnologias no Sistema Único de Saúde: recomendações sobre a participação social

Tipo de evento
Data
Local
Plataforma Zoom
Resumo

Resumo:

Este projeto investiga o modelo atual de participação social na ATS conduzida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos princípios da Ciência Cidadã. A participação social é fundamental para garantir que as decisões de incorporação de dessas tecnologias no SUS reflitam as necessidades e as perspectivas dos usuários. A hipótese central do estudo é que o modelo atual de participação social, dentro do campo da ATS, dificulta a inclusão efetiva dos usuários do SUS e pode se beneficiar das práticas e dos princípios da ciência cidadã.  Aborda a importância da informação e da comunicação científica como fatores que podem facilitar ou dificultar essa inclusão, com ênfase na redução de assimetrias informacionais, acessibilidade e equidade no uso das evidências. A problemática central gira em torno da ideia de que a ATS pode ainda estar operando em um regime de evidências de acesso restrito, o que pode invisibilizar a contribuição e a interação dos usuários, prejudicando o reconhecimento e a valorização da sua participação no processo decisório. Esta tese é composta por quatro artigos interligados pelo objetivo comum de investigar e propor caminhos para fortalecer a participação social na ATS no Sistema Único de Saúde (SUS), alinhando-a aos princípios e práticas da ciência cidadã.

Aluna: Camila Belo Tavares Ferreira

Orientadora: Viviane Santos de Oliveira Veiga (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca: 

Titulares 

  •  Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

  •  Flávia Tavares Silva Elias (Fiocruz)

  •  Arn Migowski Rocha dos Santos (PPGCan /Inca)

Suplente

  • Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Local: Zoom

ID da reunião: 718060

Senha de acesso: 886 4764 6698

Link do convitehttps://us06web.zoom.us/j/88647646698?pwd=xjYkCRk6a4JxhAhW6ftMstcblFfbgn.1 

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Flávia Tavares Silva Elias
Instituição
Ficoruz
Nome
Arn Migowski Rocha dos Santos
Instituição
PPGCan/Inca

Qualificação de Doutorado - “Ser ou não ser? Eis a questão!” Narrativas sobre a deficiência e impactos para a cidadania a partir da cobertura jornalística da posse presidencial, no Brasil, em 2023

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Sala 1007 - Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo:

Esta pesquisa de doutorado analisa as narrativas sobre a deficiência, na cobertura jornalística da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, quando diferentes pessoas, entre as quais estava uma com deficiência, sobem, junto a ele, a rampa do Palácio do Planalto. O objetivo central é verificar como essas narrativas reforçam ou rompem com os modelos conceituais da deficiência, quais sejam: o (bio)Médico, o Social e o Biopsicossocial, observando as implicações na inclusão social das pessoas com deficiência, sem nos afastarmos das suas diferentes representações. A princípio, baseado em nossa primeira aproximação das reportagens selecionadas, inferimos que as narrativas jornalísticas tendem a reforçar o modelo biomédico da deficiência, apresentando uma perspectiva que se aproxima da imagem da pessoa fisicamente distinta, negativamente marcada, uma hipótese cuja plausibilidade buscaremos verificar no decorrer do estudo. Para tanto, a pesquisa examina, de forma sincrônica e diacrônica, as narrativas sobre a deficiência, nos jornais Folha de S. Paulo (FSP) e A Tarde, um de São Paulo e outro da Bahia, líderes em circulação digital no Brasil, em um contexto de transição tecnológica e crescente relevância do jornalismo on-line, visando captar as  representações contemporâneas da deficiência e compará-las às existentes em instituições de atendimento às pessoas com deficiência; às extraídas da análise dos sistemas de informação e às defendidas pelos movimentos sociais das pessoas com deficiência.

Aluno: José Carlos Mendes Moreira Xavier

Orientador: Wilson Couto Borges(PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segunda Orientadora: Cristina Maria Rabelais Duarte (LIS /Icict/Fiocruz)

Banca: 

Titulares 

  • Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/Icict/Fiocruz)

  • Armando Guimarães Nembri(ENCE / IBGE)

Suplente

  •  Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
Externo
Nome
Cristina Maria Rabelais Duarte
Instituição
LIS/Icict/Fiocruz
Banca
Nome
Armando Guimarães Nembri
Instituição
IBGE

Qualificação de Doutorado - Memórias da violência no campo nas sociedades midiatizadas: mobilizações sociais, disputas e discursos sobre o massacre de Eldorado dos Carajás

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Sala 403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo:

Este projeto de pesquisa tem como propósito investigar a construção social da memória da violência no campo em contextos midiatizados, analisando como diferentes discursos moldam narrativas sobre esses acontecimentos e disputam seu significado na esfera pública ao longo do tempo. Considerando que a memória não é estática e que os atos mnemônicos são atravessados pelas condições e disputas do presente, o estudo examina os processos de construção do acontecimento histórico e as estratégias de mobilização social acionadas para preservar e promover essas memórias. O episódio de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996, constitui o caso central da investigação, sendo um marco das violências de Estado contra trabalhadores rurais no Brasil. Sua memória tem sido objeto de disputas que revelam as dinâmicas de construção, silenciamento e ressignificação da violência agrária no país. A pesquisa busca identificar os atores que se posicionam como guardiões dessa memória, as narrativas construídas e os espaços de circulação dessas produções discursivas, considerando as perspectivas e dilemas que emergem nesse processo. A abordagem metodológica combina pesquisa de campo e observação participante, explorando as relações entre memória e mídia, trauma e testemunho. A análise contempla os processos comunicacionais e culturais que mediam a memória e investiga deslocamentos e permanências nos formatos e modos de narrar, levando em conta as mudanças nas condições de comunicabilidade e nos ambientes midiáticos. O estudo também se insere no contexto das transformações do cenário comunicacional contemporâneo, no qual novos dispositivos midiáticos ampliam as possibilidades de circulação de enunciados que desafiam discursos hegemônicos sobre o passado. Ao explorar como esses processos reconfiguram disputas de sentido e relações de poder, a pesquisa busca contribuir para o campo da comunicação e da memória, oferecendo reflexões sobre os modos como eventos-limite são lembrados, questionados e ressignificados no espaço público.

Aluna: Júlia Cardoso de Souza da Matta Machado

Orientadora: Kátia Lerner (PPGICS/Icicit/Fiocruz)

 Banca: 

Titulares 

  • Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)

  • Leandro Rodrigues Lage(PPGCom / UFPA)

Suplente

  • Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Leandro Rodrigues Lage
Instituição
UFPA

Qualificação de Doutorado - Produção científica e institucionalização da pesquisa em hospitais e institutos federais de saúde do Rio de Janeiro

Tipo de evento
Data
Local
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo:

A produção científica tem papel importante no contexto hospitalar, pois o conhecimento produzido nohospital, se difundido e democratizado, resulta em dados, informações e alternativas que contribuempara a identificação e a resolução de problemas, promovendo a melhoria contínua nas atividades deensino e assistência, no desenvolvimento de novas tecnologias, tratamentos e abordagens terapêuticasque dependem das pesquisas realizadas nessas unidades. Este estudo tem como objetivo investigar ainstitucionalização da pesquisa nos hospitais e institutos federais de saúde do Rio de Janeiro,analisando as relações que facilitam ou dificultam essa produção científica, bem como o que tem sidoou pode ser feito para o avanço das pesquisas e da produção científica nessas instituições. Busca-semapear e caracterizar a produção do conhecimento científico dessas unidades hospitalares,identificando a correlação dessa produção com a institucionalização da atividade de pesquisa. Ametodologia adotada será uma pesquisa descritiva, exploratória, quantitativa e qualitativa. Naabordagem quantitativa, serão analisadas as produções científicas, identificando autores, setoresenvolvidos, tipologia de divulgação e temáticas prevalentes em bases de dados relevantes. Naabordagem qualitativa, serão conduzidas entrevistas semiestruturadas com os gestores hospitalares,buscando compreender como se dá a dinâmica da atividade de pesquisa nessas unidades. Espera-seque os resultados permitam identificar lacunas e tendências na produção científica, e avaliar se ainstitucionalização das atividades de pesquisa influencia nessa produção, apresentando os avanços elimitações na produção do conhecimento em saúde, considerando os fatores estruturais, institucionaise políticos que influenciam esse processo.

Aluna: Carla Broseghini Moreira de Carvalho

Orientadora: Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca: 

Titulares 

  • Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/Icict/Fiocruz)
  • Fábio Castro Gouveia (IBICT/Eco-UFRJ)

Suplente

  • Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Fábio Castro Gouveia
Instituição
UFRJ

Qualificação de Doutorado - Cidadania líquida e cigarros eletrônicos: a ideologia nas narrativas jornalísticas da fumaça ao vapor

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Sala 403 – Prédio Sede Campus Fiocruz Maré
Resumo
Resumo:
A partir da metáfora proposta por Zygmunt Bauman, sobre a liquidez das relações sociais contemporâneas, em que o “eu” se sobrepõe ao “nós”, em todas as esferas da vida: seja pública ou privada, refletimos sobre como os meios de comunicação exercem poder político ao construírem sentidos hegemônicos na sociedade. Assim, a depender de uma ou outra formação ideológica, estaríamos diante de um alcance variável de direitos conferidos ao cidadão. Sendo o direito à saúde, um dos pilares dos direitos sociais, propomos analisar esse fenômeno de uma cidadania sujeita a modulação, conforme os sentidos são construídos pela mídia, em torno de um dos grandes problemas de saúde pública: o tabagismo. O fato de o Brasil ser um dos líderes mundiais na implementação de políticas públicas que seguem as diretrizes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), não o afasta de uma nova ameaça que se impõe em nível global: a difusão dos cigarros eletrônicos. Esse cenário, reflete a histórica arena de disputas de interesses públicos e privados. É relevante destacar que, o sistema de controle do tabaco brasileiro conta hoje com um aparato legal que restringe uma das principais estratégias da indústria: a comunicação comercial de produtos nocivos à saúde. Mas, mesmo diante do sucesso dos órgãos de controle de tabaco para conter essa tática, o tabagismo continua impondo uma alta mortalidade e custos da assistência médica no país. Diante destas reflexões sobre esse fenômeno social complexo, propomos uma questão central à pesquisa, tal seja: em que medida, a cobertura feita pelos órgãos de imprensa contribuem para que o uso de cigarros eletrônicos se naturalize? Nossa hipótese é que, estando fora do espectro da publicidade e da propaganda (que têm campo de atuação restritas), as narrativas contidas nos veículos de comunicação de massa, produzem sentidos que, longe de alertar e/ou advertir, naturalizam o consumo do cigarro eletrônico. Consequentemente, e daí deriva nossa hipótese secundária, temos que a produção de sentidos nas coberturas jornalísticas da Lei Antifumo nos 1990 influenciaram a cobertura jornalística sobre o Projeto de Lei 5008/2023 que visa a liberação da comercialização de cigarros eletrônicos. Fundamentando-se na perspectiva crítica da economia política da comunicação, a pesquisa tem o objetivo de analisar como as narrativas jornalísticas, articuladas com o contexto histórico e político, modulam a construção de sentidos em torno da cidadania e saúde pública, evidenciando disputas ideológicas na arena midiática do controle do tabaco. Para isso, vamos investigar as coberturas midiáticas da Lei 9.294/96 (Lei Antifumo) e do Projeto de Lei 5008/2023, que visa regulamentar a comercialização dos cigarros eletrônicos. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa. Quanto à abordagem metodológica, optou-se pela análise narratológica em conexão com o método indiciário de Ginzburg (1989), pois explorar narrativas por esse método nos permitirá identificar indícios e padrões que revelam intenções implícitas nas construções discursivas. Esperamos que os resultados desta investigação revelem como as narrativas jornalísticas contribuem para a construção de um imaginário social em torno do tabagismo e do direito à saúde. E por fim, como essas narrativas, ao longo do tempo, influenciam o comportamento coletivo e podem modular o exercício da cidadania ora sob perspectiva neoliberal, ora sob bem-estar social.
 
Aluna: Juliana Couto Monteiro de Barros
Orientador: Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segundo Orientador: Sandro Tôrres de Azevedo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
 
Banca:
Titulares
  • Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/Icict/Fiocruz)
  • Neilane Bertoni dos Reis (PPGCan/Inca)
 Suplente
  • Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
do PPGICS
Banca
Nome
Neilane Bertoni dos Reis
Instituição
PPGCan/Inca

Qualificação de Doutorado - PREFIRO MORRER, DO QUE SAIR DO MEU TERRITÓRIO: desafios para a comunicação, controle social e produção de cuidado em territórios indígenas do RJ

Tipo de evento
Data
Local
Sala 403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
Resumo:
Neste projeto-tese, nos propomos a compreender os desafios vividos pelos povos indígenas que vivem na Aldeia Marakanã, na cidade do Rio de Janeiro, privilegiando as dimensões comunicacionais e os contextos de participação social que constituem suas lutas pela existência e reexistência. Nossas articulações teóricas-metodológicas aliam a perspectiva da Comunicação & Saúde (Araujo; Cardoso, 2007), em sintonia com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), ao pensamento anticolonial, na perspectiva de produzir um conhecimento inclusivo, que valorize a pluralidade de saberes. Inicialmente, elegemos dois eixos conceituais-metodológicos para a condução da pesquisa. Um deles é o conceito de lugar de interlocução, de Araujo (2002), considerando a importância da escuta atenta e inclusiva, de modo que os participantes sejam respeitados, assim como suas práticas culturais e políticas. O segundo eixo é o conceito ampliado de saúde, tal como formulado pelo movimento de Reforma Sanitária Brasileira e inscrito na Constituição de 1988, e as conexões com o Bem Viver (Acosta, 2019). Nosso objetivo geral é compreender os processos de comunicação desses povos indígenas relacionados à saúde, especialmente sua conexão com a produção/acesso ao cuidado. São três os objetivos específicos: 1. Cartografar e compreender as percepções das comunidades indígenas sobre o cuidado, nas dimensões individuais e coletivas. 2. Identificar práticas de cuidados, em conexão com o território. 3. Mapear os modos de organização e articulação política. Assumindo uma perspectiva epistemológica que se contrapõe às lógicas hegemônicas da produção científica, lançaremos mão de experimentações metodológicas e metodologias sensíveis que valorizem a co-produção de conhecimento para desenvolver a pesquisa.
 
Aluna: Bruna Martins Oliveira 
Orientadora: Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)
 
Banca:
Titulares
  • Inesita Soares de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

  • Mônica Panis Kaseker (PPGCom/UEL) 

Suplente
  • Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Mônica Panis Kaseker
Instituição
UEL

Qualificação de Doutorado - Aumentando a resiliência no Sistema Único de Saúde (SUS): uma estrutura abrangente de avaliação

Tipo de evento
Data
Local
Local: 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
Resumo:
No contexto do Sistema Único de Saúde, resiliência significa desenvolver capacidades que permitam adaptar a complexidade de fornecer serviços de saúde de maneira universal, integral e equânime em um ambiente sujeito a eventos críticos de várias naturezas, como também a desafios crônicos inerentes à grandes disparidades regionais históricas e à diversidade dos territórios brasileiros. Um SUS resiliente deve ser capaz de lidar com aprendizados diários e de forma segura frente às adversidades, se recuperar adequadamente, mas também transformar o contexto positivamente, mitigando fragilidades. A recente pandemia de COVID-19 evidenciou a fragilidade do SUS frente a eventos críticos, ressaltando a urgência no desenvolvimento de ferramentas que avaliem e fortaleçam sua resiliência, especialmente em cenários de desigualdade social e pressões crônicas, fazendo com que o conceito de resiliência ganhasse espaço entre os estudiosos do campo da saúde coletiva. Esta proposta de tese aborda uma necessidade crítica de soluções inovadoras para fortalecer a capacidade de resposta do SUS à luz das recentes crises globais de saúde, unindo conceitos e técnicas de saúde pública, ciência da informação e aprendizado de máquina. Este projeto tem como objetivo desenvolver um índice de resiliência que permitirá uma tomada de decisão orientada pelos cenários previstos, conduzindo os gestores a enfrentarem com eficácia adversidades futuras e a proposta emprega uma abordagem de métodos mistos, mesclando a análise quantitativa de dados históricos com percepções qualitativas de consultas a especialistas. A metodologia inclui revisão abrangente da literatura identificando indicadores de resiliência relevantes que formarão um conjunto de dados robusto para análise; análises de aprendizado de máquina com a utilização de algoritmos de ponta para avaliar dados históricos de saúde, prever tendências emergentes e avaliar a capacidade de resposta do sistema em diversos cenários; consultas a especialistas e profissionais de saúde pública em avaliações de forma colaborativa com o objetivo de ponderar indicadores de resiliência com base em sua experiência e conhecimento contextual. A expectativa é que, por meio desta pesquisa, os resultados contribuam para fortalecer a capacidade do SUS de responder a desafios críticos, beneficiando gestores e a população.
 
Aluna: Paloma Palmieri Alves 
Orientador: Marcel de Moraes Pedroso (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segundo Orientador: Alessandro Jatobá (CEE-Fiocruz)
 
Banca:
Titulares
  • Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)
  • Sérgio Murilo Petri (PPGC/UFSC)
  • Paulo Victor Rodrigues de Carvalho (PPGI/UFRJ)
Suplente
  • Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
Externo
Nome
Alessandro Jatobá
Instituição
CEE/Fiocruz
Banca
Nome
Sérgio Murilo Petri
Instituição
UFSC
Nome
Paulo Victor Rodrigues de Carvalho
Instituição
UFRJ

Qualificação de Doutorado - A formação do pediatra na residência médica: a comunicação como mediadora do aperfeiçoamento das dimensões relacionais na construção dos currículos

Tipo de evento
Data
Local
Sala 401 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo

A atenção à infância e à juventude precisa estar coordenada e inserida na Rede de Atenção à Saúde (RAS) através da estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS). A pediatria é a especialidade da área médica cujo objetivo é cuidar do crescimento e o desenvolvimento integral do ser humano nas suas duas primeiras décadas de vida. A formação do profissional da pediatria é o primeiro e mais importante momento para o provimento de recursos suficientes para se desenvolver a sua técnica articulada com a capacidade de se relacionar com as crianças, adolescentes e suas famílias. A interface da comunicação com a saúde tem proporcionado reflexões na direção da qualificação das atitudes e práticas do cuidado no cotidiano das interações que se estabelecem no treinamento em serviço para atender as demandas da população. As atuais diretrizes curriculares da pediatria podem proporcionar avanços na formação e as suas dificuldades de interpretação e implementação estão relacionadas, principalmente, com as dificuldades e questões locais. A minha hipótese é de que a comunicação, atravessada pelos conhecimentos das ciências sociais e humanas, podem mediar a implementação das diretrizes curriculares na formação do pediatra na residência médica e propor novos modelos para a construção dos seus currículos. A pergunta norteadora é: como a comunicação está presente no ambiente de formação no encontro do médico residente em pediatria e o preceptor? O Objetivo Geral é: compreender e analisar como a comunicação pode mediar a implementação das dimensões relacionais nas práticas clínicas na formação em pediatria. Os objetivos específicos são: a) realizar a análise documental qualitativa das diretrizes curriculares e dos currículos dos Programas de Residência Médica selecionados; b) Problematizar a implementação das diretrizes curriculares em pediatria especificamente no ambiente das práticas clínicas; c) Mapear as lacunas existentes nos modelos de ensino-aprendizagem-avaliação do médico residente em pediatria. A metodologia que proponho é qualitativa através da Triangulação de Métodos para a análise de discursos. Pretendo utilizar a associação da Análise Documental Qualitativa, Grupos Focais e Entrevistas semiestruturadas. Os resultados esperados são de alcançar uma melhor compreensão dos fenômenos educacionais relacionados ao processo de implementação das diretrizes curriculares nos aspectos mediados pela comunicação na prática clínica e identificar as dificuldades e lacunas no processo de ensino-aprendizagem-avaliação na formação em pediatria, na modalidade residência médica.

 

Aluno: Antonio Luiz Gonçalves Albernaz

Orientador: Igor Pinto Sacramento (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo Orientador: Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

  • Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)
  • Marilyn Anderson Alves Bonfim (VDE/Icict/Fiocruz)

Suplente

  • Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
do PPGICS
Banca
Nome
Marilyn Anderson Alves Bonfim
Instituição
Fiocruz

Defesa de Tese de Doutorado - Moldando o Futuro da Inteligência Artificial Responsável para a Saúde no Brasil

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Plataforma Zoom
Resumo
Resumo:
A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma das inovações tecnológicas mais transformadoras da história contemporânea, com impactos profundos em setores essenciais como a saúde. Um dos grandes desafios atuais é a mobilização de capacidades coletivas e decisórias na saúde para que os princípios de responsabilidade, desde a concepção até a criação e uso das IAs, sejam efetivamente traduzidos em práticas concretas.
A noção de responsabilidade no uso da IA no setor saúde é uma questão complexa e heterogênea. A Inovação Responsável em Saúde (IRS) surge como uma lente teórica relevante para ampliar a noção de responsabilidade da IA (IARS) no contexto da saúde e orientar os governos na construção e conversão de imaginários sociotécnicos – articulados em estratégias e visões nacionais – sobre o futuro dos serviços e sistemas de saúde, nos quais a IA desempenhe um papel central. A presente pesquisa, de natureza qualitativa e caráter exploratório, teve como objetivo compreender como a responsabilidade nas inovações de IA em saúde está sendo moldada no Brasil, considerando as dinâmicas nos níveis macro (formuladores), meso (gestores) e micro (pesquisadores). Utilizou-se uma estratégia de coleta de dados, que integrou levantamento bibliográfico e documental e entrevistas, complementada pelo uso de IA e análise de conteúdo das entrevistas. Os resultados revelam dinâmicas de construção de valores que variam significativamente entre os níveis. Os resultados das análises mostraram que os formuladores priorizam a saúde da população e o sistema de saúde como valores fundamentais, os gestores equilibram essa prioridade com a ênfase no valor organizacional e os pesquisadores, por sua vez, demonstram uma abordagem mais ampla, que inclui os valores organizacional, econômico e até mesmo ambiental, embora este último de forma limitada. Esses achados assinalam que cada nível decisório desempenha um papel específico na dinâmica de modelagem da responsabilidade da IA à luz de IRS, evidenciando uma complementariedade entre os níveis. A soberania digital emergiu como um novo valor da IARS no Brasil, sinalizando a importância do uso de dados de saúde como ativo estratégico, capaz de impulsionar a inovação nacional, reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e prevenir o colonialismo digital. No entanto, a falta de ênfase em aspectos como sustentabilidade financeira (valor econômico) e ambiental (valor ambiental) podem representar desafios consideráveis para a sustentabilidade de inovações de IA nos sistemas de saúde a longo prazo. O Brasil, ao liderar a transição energética, tem a oportunidade de tornar-se pioneiro ao combinar inovação em IA, sustentabilidade ambiental e fortalecimento do setor saúde, posicionando-se como um exemplo global de como utilizar novas tecnologias de forma responsável.
 
Aluna: Simone Auxiliadora Borges Oliveira
Orientador: Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icit/Fiocruz)

Hudson Pacífico da Silva (GIS-IReSP/UdeM)

Juliano Souza de Albuquerque Maranhão (IARA/ICMC/USP)

Suplentes:

Adriana Cavalcanti de Aguiar (PPGICS/Icict/Fiocruz)

João José Vasco Peixoto Furtado (PPGIA/LCDIA/Unifor)

Senha de acesso: 056592
Link do convite:
 
 
 
Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Hudson Pacífico da Silva
Instituição
GIS-IReSP/UdeM
Nome
Juliano Souza de Albuquerque Maranhão
Instituição
IARA/ICMC/USP

Defesa de Tese de Doutorado: O social na história natural da Chikungunya: um olhar exploratório por sobre a Rede Replick (INI/Fiocruz)

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
 
Resumo:
A presente tese se debruça por sobre um tema esquecido nas ciências da saúde: o olhar social às doenças tropicais negligenciadas, mais particularmente, sobre o adoecer e sobreviver à Chikungunya, uma doença que coloca em cheque tanto a ciência como a sociedade, na perspectiva da incerteza que a cerca. É no centro da discussão de um estudo que visa construir a história natural da Chikungunya que se aposta na interdisciplinaridade para explorar o impacto da narrativa das experiências vividas pelos participantes da pesquisa nas políticas públicas de saúde. Foi nesta articulação entre o “natural” e o “social” da Chikungunya, que optou-se por explorar um dispositivo importante, neste caso a narrativa em pesquisa, como uma estratégia de coprodução de conhecimento, entre ciência e sociedade. Trata-se, assim, de um esforço coletivo para mobilizar os participantes recrutados na Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chikungunya (Replick) para que se sintam protagonistas e engajados na construção coletiva e social de todas as etapas da pesquisa da qual participam. Optou-se pela metodologia qualitativa, utilizando análises das narrativas por acreditar que essa técnica consegue capturar sentimentos, vivências, questionamentos e opiniões sobre o tema em discussão. Espera-se que essa tese contribua para a promoção da saúde através de ações coletivas, onde os cidadãos possam se constituir participantes mais próximos e ativos na construção/condução da pesquisa em saúde. O problema não está na comunicação e sim em como se comunica, logo, não se trata de um movimento para o outro, mas com todos os envolvidos. Todos nós somos coparticípes desse processo em prol de melhorias da própria saúde.
 
Aluna: Michele Machado Meirelles de Barros
Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segundo Orientador: André Machado de Siqueira (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Josué Laguardia (PPGICS/Icit/Fiocruz)

Claudia Teresa Vieira de Souza (PGEBS/IOC/Fiocruz)

Giselle Duarte da Silva (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)

Suplentes

Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Ana Cristina da Costa Martins (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz)

Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
Externo
Nome
André Machado de Siqueira
Instituição
Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz
Banca
Nome
Claudia Teresa Vieira de Souza
Instituição
PGEBS/IOC/Fiocruz
Nome
Giselle Duarte da Silva (Giselle Duarte da Silva
Instituição
Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas/INI/Fiocruz