PPGICS /Icict no 9º CSHS

 

cartaz Abrasco

   9º CSHS da Abrasco foi realizado em Recife | Arte: Vera Fernandes (Ascom/Icict)

 

Um espaço para produção de pensamento crítico e propositivo, questionamentos e reflexões, além de muita troca de experiências e produções científicas. Assim foi o 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CSHS), evento promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), nas instalações da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Instituto Aggeu Magalhães (IAM) – Fiocruz Pernambuco, em Recife. Com o tema Emancipação e Saúde: decolonialidade, reparação e reconstrução crítica, o Congresso ocorreu de 1º a 3 de novembro, com atividades prévias (oficinas, cursos e reuniões) realizadas nos dias 30 e 31 de outubro.

 

Professores, professoras, alunos e alunas do PPGICS participaram ativamente da programação do evento

 

Inesita Soares Araujo e Aluízio Azevedo da Silva Júnior, pós-doutorando, coordenaram – ao lado da pesquisadora Edilma do Nascimento Souza, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – o Coletivo Temático (CT) Decolonialidades e interseccionalidades na comunicação e saúde do Congresso. O CT contemplou diversas comunicações, conversas e debates relacionados ao conjunto de movimentos que questionam o pensamento e as práticas da relação comunicacional do setor saúde com a sociedade. Inesita e Aluízio são também pesquisadores do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) do Icict e integram o Grupo de Trabalho Comunicação e Saúde da Abrasco.

 

Inesita Araujo ainda apresentou outros trabalhos, frutos de pesquisas em Comunicação e Saúde, na sessão A (De)colonialidade na pesquisa em comunicação e saúde, participou da mesa-redonda O Rio e as Margens que o oprimem: potência e constrangimentos na/da prática decolonial do ensino, pesquisa e jornalismo em comunicação e saúde.

 

Orientado por Inesita, o doutorando do PPGICS José Gadelha da Silva Junior divulgou duas obras durante o evento, no estande do espaço Abrasco Livros: Fiocruz Rondônia: histórias de vidas dedicadas à ciência na Amazônia e A desterritorizaliação da comunidade ribeirinha de São Domingos em Porto Velho/RO: uma análise dos discursos e suas subjetividades, lançados no dia 2/11.

 

No mesmo Coletivo Temático, Wilson Couto Borges, professor do PPGICS e também integrante do Laces, coordenou a sessão Comunicação, (In)visibilidade e (De)colononialidade, que reuniu três trabalhos, e destacou que o principal é a ênfase no processo em que a comunicação é vista como um direito: “o respeito ao direito à comunicação é um alicerce para a consolidação da democracia”. Wilson apresentou ainda o trabalho APS pelas Lentes da Comunicação e Saúde: leitura por um campo que é em si decolonial, que fez parte da sessão Interseccionalidades na Comunicação e Saúde.

Fabiana Dias, doutoranda do PPGICS orientada por Wilson Borges, apresentou A Saúde Digital na Atenção Primária à Saúde: reflexões sobre o direito à comunicação e à proteção de dados pessoais. O trabalho fez parte da sessão Digitalização e Organização do Cuidado.

 

Além de apresentações que compuseram os debates do campo de comunicação e saúde, o PPGICS esteve presente em outros coletivos temáticos. Como parte do CT Gênero, Interseccionalidades e Saúde Coletiva, Irene Rocha Kalil, atual chefe do Laces, apresentou Impactos das maternidades na saúde mental: interfaces de gênero, comunicação e saúde. O trabalho integrou a sessão Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva: desigualdades e estigma. 

 

Radígia Santos de Oliveira, mestranda do Programa, apresentou o trabalho Gripe Espanhola e Covid-19: da mentira à desinformação no jornal digitalizado no CT Infodemia, Dataficação e Práticas em Saúde. O trabalho fez parte da sessão Infodemia e Desinformação. No mesmo CT, Kátia Lerner, professora do PPGICS e pesquisadora do Laces, Marcio Martins Calil, doutorando do PPGICS, e Fábio Castro Gouveia (UFRJ) apresentaram Em busca da credibilidade perdida no combate à desinformação em saúde: reconfigurações da práxis jornalística diante dos novos atores digitais da internet. O trabalho fez parte da sessão Mídias Digitais e Política Pública de Saúde.

 

A professora Dalia Romero, pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Icict, apresentou dois trabalhos na sexta-feira (3/11), dia de encerramento do Congresso. Pela da manhã, Idadismo nos meios de comunicação e na ciência no contexto da pandemia de Covid-19 fez parte da sessão Idadismo, Gênero e Violação de Direitos. À tarde, foi a vez do trabalho Inclusão do Idadismo nos Determinantes Sociais da Saúde: analisando as desigualdades no século XXI, que integrou a sessão Envelhecimento e direitos humanos em contexto de iniquidade social. 

Os trabalhos foram feitos com os pesquisadores Nathalia Andrade de Souza (mestranda do PPGICS) e Leo Maia, integrantes do Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento (Gise)/Icict, coordenado por Dalia.

 

Daniela Muzi, professora do PPGICS e coordenadora da VideoSaúde, apresentou trabalho no CT Xawara, Saúde e Cinema: as relações entre decolonialidade, interseccionalidade na produção audiovisual “sobre” os Yanomami. Na apresentação, que fez parte da sessão Das Periferias ao Centro: saberes em movimento, ela relatou a experiência de realização do documentário Xawara e Saúde (2023) durante a emergência sanitária em território Yanomami, refletindo sobre as relações entre decolonialidade, interseccionalidade e comunicação e saúde na produção audiovisual “sobre” os povos originários.

O trabalho foi desenvolvido por Muzi, Paulo Lara, doutorando do PPGICS e coordenador da área de produção da Distribuidora, e Marcos Cantanhede, técnico de som. Os três estiveram em Boa Vista, em abril deste ano, para a produção de documentário sobre o trabalho dos agentes de saúde que atuaram na emergência humanitária dos povos Yanomami.

 

Instituto de Comunicação e Informação em Saúde na Abrasco

 

Diversos profissionais e projetos vinculados ao Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) marcaram presença no 9º CSHS. Durante o pré-congresso, em 30/10, a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz participou, em parceria com o Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde do Instituto de Medicina Social (Lappis/IMS/Uerj), da oficina Emancipação e integralidade do cuidado pelas lentes do cinema indígena. Um dos filmes exibidos durante a atividade foi o documentário Xawara e Saúde (2023), curta dirigido por Daniela Muzi, coordenadora da VideoSaúde. Já o Dicionário de Favelas Marielle Franco – WikiFAVELAS coordenou, em 31/10, a oficina Preservação de Memória e Histórias em Favelas no Brasil: a experiência do Dicionário de Favelas Marielle Franco. 

 

Na quinta-feira (2/11), o Instituto também participou da roda de conversa sobre o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, liderado pela Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Saúde. O Instituto é um dos parceiros do projeto, que também conta com o apoio do Conselho Nacional de Saúde. Diretor do Icict e professor do PPGICS, Rodrigo Murtinho participou do encontro, realizado na Tenda Paulo Freire, na UFPE. Ele reforçou o compromisso com o Mapa Colaborativo, plataforma coletiva e interativa que reunirá iniciativas dos movimentos sociais no campo da saúde, com o objetivo de ser uma fonte para a construção de redes colaborativas sobre políticas públicas.

 

Durante a conferência de abertura do Congresso, na quarta-feira (1/11), Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde e ex-presidente da Fiocruz, também citou o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde em sua palestra, destacando a importância do projeto.

 

Eliane Santos Silva também representou o Icict no CT sobre infodemia, com a apresentação de 'Nós por Nós?' O uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) por favelas cariocas durante a pandemia da Covid-19. O trabalho fez parte da sessão Comunicação, Interdisciplinaridade e Inovação.

 

 

 

Crédito
Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz, Coordenação PPGICS
Data de publicação
1 year atrás