Resumo: Partindo do grave período de emergência sanitária deflagrada pela pandemia de COVID-19 em março de 2020, questionamos por que as mulheres, no momento tão complicado da pandemia, colocavam o medo de engordar em relevância semelhante aos cuidados sanitários que a COVID-19 requeria? Por que a imagem do corpo feminino era assunto tão presente em redes sociais digitais com memes relacionados com a gordura, a obesidade e a beleza? A profusão de conteúdos gordofóbicos e de pressão estética presentes no Instagram nos levaram à observação e posterior análise de três postagens de cada um dos perfis @movimentocorpolivre e @malujimenez_ que questionam o controle do corpo feminino por meio da abordagem da pressão estética e da luta antigordofobia respectivamente. Considerando a hipótese de que o discurso da autoaceitação corporal e da gordofobia representam uma versão contemporânea do controle do corpo feminino, buscamos as construções de sentidos sobre gordura, obesidade, beleza e corpo feminino nas representações do corpo feminino presentes nos discursos médicos em teses médicas publicadas nas Faculdades de Medicina da Bahia e o Rio de Janeiro entre meados do século XIX e início do XX e nos discursos midiáticos da revista Fon-Fon, que circulou na primeira metade do século XX, bem como suas atualizações nas construções discursivas ou narrativas nas redes sociais digitais do século XXI por meio da circularidade cultural atravessada pelos tempos cobertos.
Aluna: Roberta Cristina Barboza Galdencio
Orientador: Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares
Dr.ª Adriana Cavalcanti de Aguiar (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Dr.ª Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Dr.ª Adriana Andrade Braga (PPGCOM/PUC-Rio)
Dr.ª Ana Lúcia Silva Enne (PPCULT/UFF)
Suplentes
Dr.ª Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Dr.ª Marcia Heloisa Tavares de Figueredo Lima (Fabico/UFRGS)