Qualificação
Qualificação Doutorado - O acesso aberto e a produção científica brasileira em saúde coletiva
Sala 410 – Prédio Sede Campus Fiocruz Maré

Resumo

Esta pesquisa terá como objetivo analisar a adesão dos pesquisadores da Saúde Coletiva aos periódicos de acesso aberto. Neste contexto, a pergunta de pesquisa será: os pesquisadores da área de Saúde Coletiva utilizam os periódicos de acesso aberto para disseminação dos resultados de seus estudos? Para tal, o estudo acompanhará 20 anos de produção científica brasileira em Saúde Coletiva a partir da produção dos docentes dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) na área de Saúde Coletiva classificados como de excelência (conceito 6 e 7) no último quadriênio (2017-2020). A produção científica dos pesquisadores dos 12 PPGs selecionados será extraída da base de Currículos Lattes com o auxílio da ferramenta ScriptLattes. Para melhor entender a adesão ou não adesão as publicações em periódicos de acesso aberto na área, serão extraídas da base informações sobre a produção e perfil dos pesquisadores. Para identificação dos periódicos de acesso aberto será utilizada a lista de periódicos cadastrados no Directory of Open Access Journals. Espera-se que os resultados desse estudo possam contribuir para melhor entender a adesão desses pesquisadores às publicações de acesso aberto ao longo do período, bem como as características desta adesão. Tal panorama pode ser bastante útil para elaboração de políticas científicas de valorização do acesso aberto para a área, para que o conhecimento gerado no campo esteja disponível e acessível a todos.

 

Aluna: Maria Carolina Coutinho Barrozo de Freitas

Orientadora: Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Michely Jabala Mamede Vogel (PPGCI/UFF)

Suplente

Viviane Santos de Oliveira Veiga (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Defesa
Defesa Mestrado - Desigualdades raciais em saúde: ICSAP como um indicador importante na análise do atributo raça/cor nos sistemas de saúde
Plataforma Zoom

Resumo

O contexto brasileiro carrega marcas do escravismo ainda não superado e contribui para a perpetuação das relações assimétricas, produzindo uma sociedade acentuadamente desigual.  Pensando nas ramificações que a desigualdade assume, à luz da dimensão da saúde, o presente trabalho explorou quatro aspectos fundamentais: (i) como as desigualdades se expressam através das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP); (ii) a importância da informação em saúde para o enfrentamento das desigualdades; (iii) a relação entre raça e as dificuldades de acesso aos serviços de saúde e (iv) situação geográfica que informa onde se concentram as desigualdades mais expressivas que se desenvolvem no campo da saúde que contemplam a linha investigativa da pesquisa. O estudo foi desenvolvido a partir das seguintes metodologias: (i) revisão bibliográfica sobre raça e saúde, ICSAP por raça/cor, vulnerabilidades sociais e desigualdades; (ii) análise da informação sobre raça nos sistemas de informações em saúde e (iii) análise das desigualdades raciais e espaciais expressas através das ICSAP com dados dos sistemas de informação em saúde. Para isso, o trabalho contará com a análise dos anos de 2010, 2016 e 2022 para investigar a evolução da aplicação do indicador acima expresso a partir do atributo raça/cor, se amparando no uso do QGis (software livre) e obtendo como resultado final, a elaboração de mapas para registrar a distribuição das ICSAP nos municípios brasileiros. Destaca-se neste âmbito a discussão sobre como as ICSAP se relacionam a diferentes concentrações da população por cor/raça nos municípios brasileiros, expressas pela densidade racial, além da qualidade da informação sobre cor/raça no Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Por último, a pesquisa destaca as ICSAP como expressões das desigualdades sociais, raciais e espaciais, contribui para a qualidade da informação em saúde através da melhoria do preenchimento da variável de raça/cor nos sistemas de informação em saúde.

  

Aluna: Laísa de Deus Abrahão

Orientador: Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Geny Ferreira Guimarães (PPGGEO/UFRRJ)

Suplentes

Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo  (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Mônica Silva Martins (PPGSP/Ensp/Fiocruz)

Local: Zoom

Link: https://us06web.zoom.us/j/87107961757?pwd=KNiWlHbnz2SdPQnZJjFNEittLWqiG0.1

ID da reunião: 871 0796 1757

Senha de acesso: 919462

 

Defesa
Defesa de doutorado - Quem consome Fake News consome Fake News? Os usos e sentidos atribuídos à ciência e ao jornalismo em canais sobre covid-19 no Telegram
Plataforma Zoom

Resumo

Esta tese investiga os discursos sobre ciência e saúde que circularam durante e após a pandemia de covid-19 em canais de informação sobre o tema no Telegram. O objetivo foi compreender os usos e sentidos atribuídos à ciência e ao jornalismo pelos usuários da plataforma e caracterizar a representação desses dois campos nos processos de desinformação científica em saúde. O estudo sustenta a tese de que não há uma desconfiança generalizada no jornalismo e na ciência, mas uma mudança na lógica de consumo de informações no século XXI: o conteúdo sobre ciência e saúde deixou de ser apenas transmitido pelas instituições e pelos meios de comunicação considerados tradicionais e ganhou novos formatos e opções de acesso (graças à internet e às redes sociais digitais), que nem sempre têm o compromisso com a produção e a transmissão de uma informação precisa e de qualidade. Além disso, surge nesta nova lógica outra forma de produção de conhecimento/verdade, que está pautada pela cisma (Mota, 2018) e pela manutenção e pelo reforço das crenças pessoais. Indo na contramão dos recentes trabalhos realizados no Brasil sobre o tema, que focam na produção textual e na checagem de fatos, esta investigação parte da teoria das mediações (Martín-Barbero, 1997; 2004) e da perspectiva antropológica para analisar os usuários dos canais sobre covid-19 no Telegram Geopolítica & Atualidades (antigo Médicos pela Vida), Vacinacv19_relatos e Canal Marcos Falcão, em que o olhar etnográfico foi utilizado para descrever e interpretar os atores sociais, suas instituições, seus comportamentos interpessoais, suas produções materiais e suas crenças (Fragoso; Recuero; Amaral, 2011). Com isso, identificamos as escolhas e os usos de fontes e meios de informação sobre ciência e saúde pelos usuários do Telegram, analisamos a forma como eles se relacionam com esse tipo de conteúdo e, por fim, investigamos os processos de circulação e consumo da desinformação científica sobre saúde na referida plataforma.

 

Aluna: Ana Carolina Pontalti Monari

Orientador: Igor Pinto Sacramento (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segunda Orientadora: Hully Guedes Falcão (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Thaiane Moreira de Oliveira (PPGCOM-UFF)

Fábio Reis Mota (PPGA/UFF)

Suplentes

Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Gabriela de Lima Cuervo (PPGA/UFF) 

Local: Plataforma Zoom

Local: Síncrona Remota 

Link: https://us06web.zoom.us/j/88060453196?pwd=QpVaERRRRfbba4PVmhMIkZgbBIgxmU.1

ID da reunião: 880 6045 3196
Senha de acesso: 049003

 

Qualificação
Qualificação de Mestrado - O conflito público-privado na gestão de dados pessoais nos serviços de saúde no município do Rio de Janeiro
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo

Ao analisar a prática de contratos em espécie entre poder público municipal e Organizações Sociais de Saúde (OSs), a partir do marco regulatório da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a pesquisa verificará se o tratamento de dados realizado pelas OSs ao gerir ou operar equipamentos públicos de saúde passou a ser realizado de acordo com as exigências legais, após a criação de um Conselho Municipal de Proteção de Dados e da prolação de acórdãos do Tribunal de Contas do Estado/RJ e Tribunal de Contas da União, respectivamente sobre maturidade dos municípios fluminenses em relação à LGPD e a atuação das OSs em contratos com o poder público na área da saúde. Visa elucidar a forma como o poder público conduz a aplicação da LGPD na área da saúde, concentrando-se na questão do conflito público-privado na gestão de dados – um estudo exploratório sobre as relações que fundamentam a rede de relações jurídicas que abastece de dados os contratos com  OSs. Segue uma análise sobre relatórios e agendas de interesse público de entes como ANPD, Tribunais de Contas, Conselhos de Proteção de Dados Pessoais e organizações da sociedade civil. Questões incidentais sobre a aplicabilidade, fiscalização e regulamentação de utilizações futuras surgirão à medida em que noções de saúde digital e proteção de dados serão expandidas. Chegando finalmente ao objeto principal de análise: se os dados pessoais sensíveis referentes à saúde dos pacientes do SUS atendidos pelas OSs são tratados de acordo com a LGPD.

Aluno: Daniel Chalhub Oliveira Ricci  

Orientador: Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Fabiana Turino (PPGSC/Ufes)

Analluza Dallari (FSP/USP)

Suplente

Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Qualificação
Qualificação de Mestrado - Percepção de risco e descarte de resíduos na diálise peritoneal domiciliar
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo

A diálise peritoneal (DP) é um método de substituição da função renal que é realizada em domicílio. Desta maneira, o paciente e a família necessitam de um período de capacitação, em que são treinados pelo enfermeiro sobre manter a vigilância para minimizar os potenciais riscos, ou seja, auxiliando para aumentar sua percepção sobre o risco causado em manipular e manusear materiais relacionados com a terapia realizada em domicílio, que esses riscos são principalmente as infecções. A DP gera resíduos com presença de materiais biológicos capazes de causar infecção e objetos perfurocortantes potencial ou efetivamente contaminados que requerem cuidados específicos de acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final. É de suma importância que o indivíduo e a família saibam descartar corretamente esses resíduos, mesmo em domicílio. Tem-se como objetivo geral elaborar material audiovisual com orientações acerca do descarte adequado de resíduos gerados na diálise peritoneal em domicílio. E apresentam-se os objetivos específicos: Identificar tópicos relevantes e estratégias de comunicação de risco adequadas aos indivíduos e familiares submetidos à diálise peritoneal realizada em domicílio; Avaliar os saberes de pacientes, cuidadores e especialistas a fim de orientar a elaboração de conteúdo para material audiovisual; Desenvolver um material audiovisual baseado em uma tecnologia educativa com estratégias comunicacionais de linguagem acessível e contendo orientações acerca do descarte correto dos resíduos de diálise peritoneal realizada em domicílio. Para responder aos objetivos propostos, será realizado um estudo com abordagem qualitativa do tipo exploratório no intuito de desenvolver um material audiovisual para ser utilizado na capacitação dos pacientes e familiares no tocante ao manuseio e descarte correto dos resíduos gerados pelo tratamento de diálise peritoneal domiciliar. Espera-se que a disponibilidade de um produto audiovisual sirva para que profissionais e pesquisadores possam realizar avaliações sobre as mudanças na percepção e na prática de risco dos pacientes e cuidadores no tocante ao manuseio e descarte dos materiais contaminantes.

Aluno: Gabriel Rodrigues Medeiros 

Orientador: Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Ana Luiza Braz Pavão (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Marcelle Miranda da Silva (PPG-EEAN/UFRJ)

Suplente

Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Qualificação
Qualificação de Mestrado - Variáveis preditivas para o excesso de mortalidade durante a pandemia de covid-19 em dez regiões metropolitanas brasileiras nos anos de 2020 e 2021
Sala 401 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo

O projeto de pesquisa aborda a relevância da análise do excesso de mortalidade durante a pandemia de covid-19, destacando a importância de compreender não apenas os óbitos diretos causados pela doença, como também os efeitos indiretos. A pesquisa se fundamenta na necessidade de analisar as desigualdades sociais, regionais e políticas para o enfrentamento de futuras crises de saúde pública, adaptada às particularidades de cada região. Aborda a pandemia de Covid-19 como um evento global com impactos desiguais. Considera as regiões metropolitanas brasileiras como espaços de concentração de poder político, econômico e de desigualdades sociais. Tem como fontes o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e o Censo do IBGE, buscando levantar dados relevantes no contexto da pandemia e contribuir para a análise da situação de saúde da população. O projeto tem por objetivo analisar o excesso de mortalidade por causas naturais durante a pandemia de Covid-19 nos anos de 2020 e 2021 em dez regiões metropolitanas brasileiras (Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá e Goiânia), buscando identificar possíveis associações entre o excesso de mortalidade e as condições de vida da população residente por e entre as regiões metropolitanas selecionadas. A metodologia consiste em um estudo ecológico com análise de dados, com destaque para o modelo de árvore de regressão para identificar as variáveis mais relevantes para descrever o problema. Os resultados esperados incluem a estimativa do excesso de óbitos por causas naturais em cada região metropolitana analisada nos anos de 2020 e 2021, considerando variáveis como causa de morte, faixa etária, sexo, raça/cor e local de ocorrência. Além disso, espera-se comparar o excesso de óbitos devido à Covid-19 com o excesso não relacionado à Covid-19 em cada região, entre regiões metropolitanas e entre os anos estudados. A pesquisa também visa comparar o desempenho preditivo de modelos baseados em árvores de regressão, selecionando o modelo com maior acurácia. Por fim, espera-se identificar as principais variáveis preditivas para o excesso de mortalidade durante a pandemia, contribuindo para o conhecimento sobre os impactos da Covid-19 nas regiões metropolitanas brasileiras e para o planejamento de ações e políticas de saúde mais eficazes.

Aluna: Aline de Macedo Rodrigues 

Orientador: Marcel de Moraes Pedroso (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Mônica Avelar Figueiredo Mafra Magalhães (PPGSP/Ensp/Fiocruz)

Suplente

Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Acadêmico
Semana de Abertura PPGICS 2024
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré

Defesa
Dissertação de Mestrado - Divulgação científica e sua relação com a percepção pública de ciência e o engajamento científico: um estudo de caso na comunidade do Complexo da Maré
Local: Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo

A pandemia de Covid-19 trouxe a ciência ao foco de todas as conversas e veículos de comunicação. Em um momento em que a ciência desempenhava papel crucial na busca de informações e compreensão sobre a doença, processos científicos foram evidenciados e as divergências de opinião e pesquisas refutadas movimentaram bastante a sociedade gerando um impacto misto na percepção pública da ciência, destacando tanto sua importância quanto suas limitações e desafios. Quando se trata de populações vulnerabilizadas, diante de uma emergência sanitária, as inequidades e disparidades ficam muito mais evidentes. Como essas comunidades são invisibilizadas e negligenciadas pelas prefeituras, as organizações não governamentais locais buscam apoio e formas de amenizar a situação da comunidade. Diversas organizações e coletivos se mobilizaram para informar e comunicar de forma clara e objetiva a população, auxiliando e orientando os moradores em diversas questões sociais e de saúde, conseguindo parcerias para o enfrentamento da pandemia. Diante disto, este trabalho teve como objetivo analisar a percepção da ciência no Complexo da Maré, buscando identificar se/e de que forma a divulgação científica realizada na comunidade gerou impacto nessa percepção e no engajamento em pesquisa científica. A metodologia envolve pesquisa exploratória quantiqualitativa na comunidade, com a amostra de participantes escolhida por conveniência. Os participantes demonstraram otimismo em relação a ciência, confiando em médicos e cientistas. As conclusões ressaltam a importância da divulgação científica acessível em comunidades vulneráveis, através de estratégias mais eficazes de comunicação e esforços contínuos para estreitar a relação entre a comunidade científica e a sociedade. A pesquisa contribui para o entendimento da percepção pública de ciência, evidenciando a eficácia da divulgação científica na promoção do engajamento comunitário em pesquisas.

Aluna: Gabriela Daniel Brandão

Orientadora: Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segunda Orientadora: Carla da Silva Almeida (MV/COC/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Fábio Castro Gouveia (IBICT/UFRJ)

Suplentes

Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)

Marcelo Borges Rocha (NUTES/UFRJ)

 

Qualificação
Qualificação de mestrado - O fim da picada? Narrativas e produção de sentidos a partir de campanhas de vacinação no Instagram
401 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo

Este trabalho se propõe a pesquisar como as pessoas que utilizam o Instagram se apropriam das campanhas de vacinação do Ministério da Saúde publicadas nessa mídia social, buscando compreender como os processos de midiatização e de desinformação têm influenciado esta dinâmica. Como um caminho para a metodologia, serão analisadas, neste primeiro momento, postagens e comentários do perfil do MS no Instagram, revelando que influências sociais, econômicas e políticas podem impactar a decisão vacinal.  A análise será realizada utilizando-se o instrumental da Narratologia, a partir da tipologia da memória e esquecimento de Ricoeur (2007); estudos de polifonia e dialogismo de Bakhtin, entre outros autores. O objetivo final é contrapor o modelo transferencial campanhista, hegemônico até os dias de hoje, que ao invés de priorizar o campo da Comunicação e Saúde como necessário a uma forte interlocução com a sociedade, fazendo frente aos discursos negacionistas em circulação, tende a instrumentalizar a comunicação a serviço da saúde, diminuindo suas possibilidades e restringindo seu alcance como um direito.

Aluna: Erika Guedes Farias

Orientadora: Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Marina Ramalho e Silva (MV/COC/Fiocruz)

Suplente

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

 

Defesa
Dissertação de mestrado - Literacia digital em saúde e as práticas de consumo de informação e desinformação no contexto da pandemia por Covid-19
Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré

Resumo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o grande volume de informações favorece a desinformação e, geralmente, está associado a um assunto específico, podendo multiplicar-se exponencialmente em pouco tempo, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19. Dentro deste cenário, temos a Literacia Digital em Saúde (eHealth Literacy), como instrumento fundamental no enfrentamento da desinformação sobre saúde na Internet. Assim sendo, o objetivo desta dissertação é identificar práticas de consumo virtual de informação e desinformação em saúde, em um público maior de 18 anos, com acesso às redes sociais, bem como avaliar os níveis de Literacia Digital em Saúde desta população e sua associação com características sociodemográficas. Para isso, foi feito um estudo transversal, descritivo, com aplicação de questionário em formato on-line, cujas informações coletadas foram analisadas com cálculo de proporções e frequências, e seus respectivos intervalos de 95% de confiança, além da realização do teste qui-quadrado para identificar associações entre variáveis de exposição e desfecho, com nível de significância de 0,05. A pesquisa sugere que a determinação social contribui na forma como se dará o acesso das pessoas aos serviços de saúde e que, quanto maior for a condição material do indivíduo, maiores são as chances de tomar decisões acertadas sobre a sua própria saúde. Além disso, constatou-se que pensar saúde digital é uma realidade concreta e que o desenvolvimento de estudos que incentivem a produção acadêmica brasileira sobre temas relacionados como a literacia digital e sobre a literacia para saúde corroboram na ampliação dessa agenda e se fazem necessários.

Aluna: Daiane Batista dos Santos de Almeida

Orientadora: Ana Luiza Braz Pavão (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Rosane Aparecida de Sousa (RIMS/UFTM)

Suplentes

Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Renata Pascoal Freire (PPGENF/UFSC)