Qualificação de Doutorado - Erva, planta medicinal ou fitoterápico? Imaginário, poder e circularidade na seiva da Comunicação e Saúde

Tipo de evento
Data
Local
403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

 Resumo:

A biodiversidade botânica do Brasil, maior do planeta, também abriga rica pluralidade étnica e cultural sobre o uso terapêutico de plantas no cuidado em saúde. E, em meio à existência de variados imaginários na produção de informações sobre a chamada fitoterapia, a publicação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), em 2006, representa um importante marco para sua regulamentação e estímulo às cadeias produtivas envolvidas. Contudo, em espaços de discussão e deliberação, é possível observar uma maior deposição de legitimidade ao conhecimento biomédico, na contramão da proposta de valorização dos conhecimentos dos povos originários e quilombolas, das pessoas campesinas, pequenas agricultoras, benzedeiras, entre outras, ilustrando a permanência de conflitos históricos inerentes à construção do conhecimento ocidental sobre saúde, marcado por antagonismos, apropriações, silenciamentos e apagamentos. Dessa forma, considerando que o modo como narrativas são construídas e postas em circulação conduzem à cristalização de sentidos e à configuração da realidade, a pesquisa tem o objetivo de compreender se e como o antagonismo social emerge em narrativas sobre plantas de cura, além de analisar se elas favorecem ou não a manutenção de um imaginário colonial de subalternização dos conhecimentos tradicionais.

 

Aluna: Raíssa Vieira Ribeiro Ramos

Orientador: Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Bancas:

Titulares:

Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Ana Lucia Silva Enne (PPGCULT/UFF)

Suplente:

Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo orientador
Banca

Qualificação de Doutorado - Tendências sociotemporais da atenção pré-natal e ao parto a partir das informações da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019

Tipo de evento
Data
Local
410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo:
Nos últimos 30 anos, o Brasil testemunhou melhorias significativas em seu desenvolvimento socioeconômico e acesso à infraestrutura urbana. Na área da saúde, iniciativas como a Estratégia Saúde da Família, programas de imunização, incentivo ao aleitamento materno e avanços na assistência ao pré-natal e parto contribuíram para reduzir a mortalidade infantil. Apesar desses avanços, desafios persistem devido a disparidades socioeconômicas, culturais e inadequações na assistência em algumas regiões. A assistência ao pré-natal e parto do Sistema Único de Saúde (SUS), visa oferecer atendimento integral e contínuo. Recomendações do Ministério da Saúde incluem condutas acolhedoras, ações educativas, detecção precoce de patologias e acesso a serviços de qualidade. A qualidade desses serviços impacta diretamente na saúde materno-infantil, sendo essencial para reduzir morbidade e mortalidade. A qualidade da informação desempenha papel crucial no monitoramento da situação de saúde, planejamento e tomada de decisões. Inquéritos de saúde fornecem dados valiosos para avaliação do sistema de saúde, identificação de desigualdades e orientação de políticas para maior equidade. A avaliação adequada da assistência à gestação, com indicadores sólidos e políticas eficazes, é essencial para promover uma assistência qualificada, reduzindo desfechos maternos e neonatais negativos. A justificativa destaca a importância da qualidade na assistência ao pré-natal e parto, considerando o padrão de mortalidade infantil no Brasil. Apesar dos avanços, problemas como inadequação do pré-natal persistem, evidenciando a necessidade de esforços adicionais na integração entre atenção primária e assistência ao parto. Diante das desigualdades regionais, o projeto propõe analisar informações da Pesquisa Nacional de Saúde para avaliar tendências socioespaciais na atenção ao pré-natal e parto entre 2013 e 2019, visando subsidiar programas na área de saúde materno-infantil. Desse modo, serão construídos indicadores para avaliar as tendências da assistência ao PN e ao parto, considerando variáveis socioeconômicas, demográficas e de acesso à saúde. A análise será realizada por meio de técnicas estatísticas descritivas e espaciais. Espera-se identificar as mudanças nas tendências da atenção ao PN e ao parto no período analisado, além de compreender as desigualdades socioespaciais existentes. A análise das informações da PNS permitirá: o monitoramento da situação da saúde materno-infantil; avaliação das tendências socioespaciais da atenção ao pré-natal e ao parto; identificação e compreensão de desigualdades e áreas com maiores necessidades; subsidiação de políticas públicas para a qualificação da assistência à saúde materna e infantil.

Aluna: Narayani Martins Rocha
Orientadora: Célia Landmann Szwarcwald (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segunda orientadora: Wanessa da Silva de Almeida (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:
Titulares
Paulo Roberto Borges de Souza Junior (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Maria do Carmo Leal (DEMQS/Ensp)
Suplente
Dalia Elena Romero Montilla (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo orientador
Banca

Dissertação de mestrado - Dos Painéis ao Jornalismo de Dados Pandêmico: análise de conteúdo sobre a cobertura jornalística de dados da Covid-19 no Brasil

Tipo de evento
Data
Local
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

 

Resumo:

A cobertura jornalística da Covid-19 foi concentrada, em grande parte, na divulgação de dados quantitativos, mais especificamente epidemiológicos, que colaboraram para o conhecimento e conscientização do andamento da pandemia e seu enfrentamento a partir do ano de 2020. O presente estudo buscou conhecer algumas das possibilidades que foram exploradas na produção jornalística relacionada à sua disponibilização e publicização, a partir de uma perspectiva advinda do jornalismo de dados. Nesse sentido, adotando-se metodologias exploratórias e analíticas, incluindo uma proposta de análise de conteúdo e exploração documental, analisou-se parte desse processo de reunião, análise e visualização dos dados relativos à Covid-19 no Brasil, considerando-se que durante esse período a sociedade e todas as esferas públicas relacionadas à comunicação e informação foram impactadas por processos de necropolítica, negacionismo científico e ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foram estudadas iniciativas como painéis epidemiológicos independentes e o consórcio de veículos brasileiros de imprensa, que surgiram em momentos de indisponibilidade de dados e informação pública confiável. Dois veículos desse grupo, os Portais G1 e UOL, no período de julho de 2020 e abril de 2021, tiveram matérias analisadas para se compreender mais sobre esses atores e as características de como esses dados foram apresentados ao público. Discutiremos os resultados, implicações, limites e desafios dessa comunicação baseada em dados no contexto das disputas informacionais e políticas mencionadas, buscando-se uma compreensão do assunto à luz de conceitos do direito à informação, à comunicação e à saúde.

Aluno: André Gonçalves da Silva Bezerra

Orientadora: Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Dr. ª Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. ª Thaiane Moreira de Oliveira (PPGCOM/UFF)

Suplentes

Dr.ª Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. Marcelo Alves dos Santos Junior (PPGCOM/PUC-Rio)

Nível
Segundo orientador
Banca