Defesa de Dissertação de Mestrado - Autocuidado, cuidado coletivo e bem viver entre ativistas negras: diálogos entre comunicação e saúde

Tipo de evento
Data
Local
Sala 403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
Resumo:
Este estudo se situa no campo da comunicação e saúde, ancorado na pesquisa ativista com o objetivo de analisar as práticas comunicacionais vivenciadas no interior do movimento de mulheres negras, que oportunizam autocuidado e cuidado coletivo enquanto caminhos para o Bem Viver. Tendo a minha trajetória de vida e atuação junto a Articulação de organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) e o Coletivo Feminista de Autocuidado e Cuidado entre Defensoras de Direitos Humanos - CFACDDH, foi tida a escrevivência como parte ativa do processo de sistematização, tendo como objeto empírico os relatórios de três oficinas sobre autocuidado e cuidado coletivo ocorridas entre os anos de 2019 e 2023, nas organizações: Odara - Instituto da Mulher Negra (BA) em 2019, Instituto de Mulheres Negras do Amapá - IMENA (AP) em 2021 e Rede Mulheres Negras - PR em 2023. A metodologia de análise dos materiais foi realizada por meio de metodologia qualitativa composta pela etnografia da memória e a etnografia de documentos, buscando a identificação de práticas de comunicação e saúde que estejam voltadas para a promoção do autocuidado e cuidado coletivo na direção do Bem Viver, adotando como referenciais teóricos os conceitos de direito a comunicação, comunicação e saúde, e a interseccionalidade como fundamentais para a garantia do direito à saúde, a partir de referências articuladas com o cotidiano de promoção de autocuidado e cuidado coletivo a partir das mulheres negras. Com essa dissertação, espera-se, fomentar o debate comunicacional entre as organizações e coletivos de mulheres negras, contribuindo para a potencialização da comunicação enquanto direito humano e social, além de oferecer subsídios para incrementar propostas metodológicas e analíticas, que sejam direcionadas para com esse público, bem como impulsionar o campo de pesquisa no âmbito de comunicação e saúde, às percepções a partir desse grupo social, que visem à promoção de autocuidado e cuidado coletivo como caminhos para o Bem Viver.
 
Aluna: Michely Ribeiro da Silva
Orientador: Igor Pinto Sacramento (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Segunda Orientadora: Hully Guedes Falcão (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Clélia Rosane dos Santos Prestes (Instituto AMMA Psique e Negritude)

Suplentes

Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Marialva Carlos Barbosa (ECO-PÓS/UFRJ)

Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
Externo
Nome
Hully Guedes Falcão
Instituição
Fiocruz
Banca
Nome
Clélia Rosane dos Santos Prestes
Instituição
Instituto AMMA Psique e Negritude

Defesa de dissertação de mestrado - Covid-19, Atenção Primária à Saúde e “Outubro Rosa”: uma análise sobre as solicitações de mamografias no SISREG no Município do Rio de Janeiro, de 2018 a 2022

Tipo de evento
Data
Local
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
Resumo:
O câncer de mama é o tipo de câncer com a segunda maior incidência no Brasil, atrás do câncer de pele não melanoma. É a principal causa de morte por câncer na população feminina na maioria das regiões do país, com destaque para as regiões Sudeste e Sul. No município do Rio de Janeiro, a estimativa da taxa bruta de incidência para câncer de mama feminina é de 130 por 100 mil habitantes em 2023, a maior entre todas as capitais do país. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a indicação é de que a mamografia de rastreio seja realizada a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos e para a mamografia diagnóstica, mulheres com sinais e sintomas suspeitos para esse tipo de neoplasia, independente da idade. Um diagnóstico em tempo oportuno possibilita maior sobrevida e menor morbidade, porém condições socioeconômicas, comunicacionais, geográficas, bem como questões de emergência em saúde pública podem trazer barreiras à descoberta precoce de doenças, em especial das neoplasias. Esta pesquisa analisa as desigualdades nas solicitações de mamografia por meio do Sistema Nacional de Regulação (SISREG) no município do Rio de Janeiro e seus determinantes, como o impacto de campanhas, da infraestrutura do sistema de saúde primária, e o efeito da pandemia da Covid-19 no represamento dessas solicitações. O estudo adota uma abordagem quantitativa exploratória e analisa dados de solicitações de mamografia (diagnóstica e de rastreamento). Foram comparados os volumes de solicitações nos períodos pré-pandêmico (2018-2019) e pandêmico (2020-2022) da Covid-19. No período analisado, foram registradas 436.036 solicitações de mamografia no SISREG, com a maior parte das solicitações concentrada na faixa etária de aproximadamente 50 a 70 anos. Destaca-se o baixo volume de mamografias solicitadas, considerando que apenas para a mamografia de rastreamento seria necessário realizar cerca de 400.000 exames por ano no município. Observou-se uma queda significativa nas solicitações de mamografias durante os picos de casos e óbitos por Covid-19. Foi possível identificar também que as áreas com maior cobertura de Estratégia de Saúde da Família (ESF) tendem a apresentar maiores taxas de solicitação de mamografia, bem como os meses de outubro se destacam por terem os maiores volumes a cada ano. A pesquisa evidencia a importância do planejamento de serviços com base na análise espacial da rede de saúde a partir das estimativas populacionais e características do território, bem como a relevância do SISREG como ferramenta de gestão e monitoramento da saúde pública, sugerindo melhorias nas práticas de rastreamento e na gestão de recursos de saúde.
Aluna: Jualiana Paranhos Moreno Batista
Orientador: Christovam de Castro Barcellos Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Rejane Sobrino Pinheiro (IESC/UFRJ)

Suplentes

Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Paula Chagas Bortolon (SMS/RIO)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Rejane Sobrino Pinheiro
Instituição
IESC/UFRJ

Qualificação de Mestrado - Comunicação, saúde e decolonialidade: um olhar sobre a população em situação de rua do município de Niterói

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo:

A pesquisa concentra seus esforços na análise dos documentos institucionais e materiais de comunicações produzidos pelas Secretarias Municipais de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES) e de Saúde (SMS), no município de Niterói. O objetivo é, através de uma abordagem pautada pelas teorias decoloniais, identificar e questionar as narrativas dominantes, desconstruir estereótipos e contribuir para promover uma perspectiva mais inclusiva e sensível às demandas específicas de saúde desse grupo vulnerável. A metodologia consiste em uma análise de conteúdo dos documentos institucionais. Por essa abordagem buscaremos identificar nos textos e imagens das políticas, planos e outros documentos sobre a saúde e de materiais comunicacionais utilizados com a população em situação de rua, representações, estereótipos e expressões de linguagem que possam perpetuar o racismo estrutural e a marginalização dessa população. A análise sempre se pautará pela valorização dos saberes locais e as experiências dos indivíduos em situação de rua. Assim, desejamos produzir e em consequência promover uma reflexão crítica sobre os documentos e materiais produzidos pelas SMASES e SMS de Niterói. A pesquisa destaca a importância da epistemologia decolonial para uma abordagem mais justa, inclusiva e respeitosa das necessidades de saúde desses indivíduos.

Aluna: Jaçanã Lima Bouças Correia

Orientadora: Inesita Soares de Araujo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nadja Maria Souza Araújo (AgSUS)

Suplentes

Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Aluízio de Azevedo Silva Júnior (Laces/Icict)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Nadja Maria Souza Araújo
Instituição
AgSUS

Qualificação de Mestrado - “Quem é rico mora na praia, mas quem trabalha nem tem onde morar”: direito à comunicação, acesso à informação e rede de cuidado psicossocial na luta de mulheres por moradia na Pequena África

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré Fiocruz
Resumo

Resumo

O presente projeto investiga a interseção entre saúde mental, políticas públicas e a vivência das mulheres negras em situação de moradia precária na região da Pequena África, no Rio de Janeiro. A partir de uma análise discursiva inspirada pela série de reportagens "Série Ocupações", veiculada em maio de 2023, a pesquisa busca compreender as estratégias de resistência dessas mulheres e os impactos das políticas de saúde mental e do Estatuto da Igualdade Racial. A justificativa baseia-se na complexidade emocional e cultural de construir um lar em um contexto de vulnerabilidade socioeconômica e racial, onde as políticas de revitalização urbana frequentemente perpetuam a gentrificação e a marginalização. O método é adotado para uma análise interseccional das narrativas, considerando as contribuições teóricas de intelectuais afro-brasileiras como Lélia Gonzalez. Espera-se que os resultados proporcionem um diagnóstico dos impactos psicossociais e econômicos do despejo habitacional, contribuindo para a formulação de políticas públicas que promovam a equidade, o cuidado integral e a justiça social.

Aluna: Jéssica Dutra Silva

Orientadora: Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Christovam de Castro Barcellos Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Elaine Ferreira do Nascimento (PPGPP/UFPI)

Suplente

Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

 

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Elaine Ferreira do Nascimento
Instituição
PPGPP/UFPI

Mestrado - Covid-19 e gripe espanhola: estudo à luz do jornalismo centenário

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
Resumo:
Esta pesquisa busca analisar como o jornal centenário O Estado de S. Paulo noticiou as pandemias de gripe espanhola, em 1918, e de covid-19, em 2020, e procura identificar as aproximações e as diferenças que emergem nos discursos das coberturas jornalísticas. Com foco na historicidade dos processos comunicacionais, o objetivo é identificar e compreender os sentidos que, ao longo do tempo, surgem sobre as duas doenças, a partir de algumas publicações do veículo. Assim, este estudo apresenta como hipótese inicial a perspectiva de que os discursos sobre as duas pandemias seriam similares, apesar da diferença temporal entre as duas enfermidades ser de pouco mais de um século. Levando-se em consideração contextos distintos, a principal pergunta que se buscou responder foi como o jornal O Estado de S. Paulo fez a cobertura jornalística das duas pandemias. Após levantamento do material no acervo do periódico, com base no método de amostragem, foram selecionados cinco momentos específicos, nos primeiros meses das duas doenças no Brasil, que ganharam espaço nas páginas do jornal (e na mídia em geral), e realizadas análises dessas coberturas. Para dialogar neste estudo, “convidamos” os autores Michel Foucault, Mikhail Bakhtin, Milton Pinto e Norman Fairclough, quando os temas trabalhados envolvem discurso, linguagem e relações de poder. Ana Paula G. Ribeiro, François Dosse, Marialva Barbosa, Maurice Halbwachs e Pierre Nora são acionados quando o debate abrange memória, história e comunicação, três áreas interrelacionadas nesta pesquisa. A partir dos conceitos trabalhados no referencial teórico, e após o olhar atento sobre o material jornalístico publicado pelo O Estado de S. Paulo, conclui-se que os discursos sobre a gripe espanhola e a covid-19 se assemelham em muitos aspectos, assim como os sentidos identificáveis. A minimização e a negação das duas doenças, por exemplo, ocorrem nas páginas do periódico em 1918 e 2020, mas somente no começo da chegada das pandemias ao país porque, em poucas semanas, a realidade se impõe: a gravidade de ambas as enfermidades fica explícita, tanto no início do século passado, quando o jornal quase fechou por causa da gripe espanhola, quanto no primeiro ano da covid-19 no Brasil.
 
Aluna: Radígi Santos de Oliveira
Orientadora: Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Banca:
Titulares

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Wedencley Alves Santana (PPGCOM/UFJF)

Suplentes

Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Ana Paula Goulart Ribeiro (ECO-PÓS/UFRJ)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Wedencley Alves Santana
Instituição
PPGCOM/UFJF

Qualificação de Mestrado - Biblioterapia e as práticas integrativas complementares: uma revisão de escopo

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo
Resumo
Aborda a produção científica em biblioterapia pela revisão de escopo visando apresentar usos, conceitos e aplicações na assistência em saúde. Mapeia e caracteriza a produção científica em biblioterapia, investigando sua relação como prática integrativa complementar. Analisa o conceito abrangente de biblioterapia e suas aplicações, à luz das práticas integrativas complementares disponíveis no sistema único de saúde. Identifica as publicações e redes de colaboração relevantes na biblioterapia. Conclui que a revisão de escopo fornece subsídios para o fortalecimento do conhecimento científico sobre biblioterapia, destacando sua possível integração nas políticas públicas de práticas integrativas complementares. Aponta também limitações a serem consideradas na formulação dessas políticas. 
 
Aluna: Débora Vilar Melo
Orientadora: Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)
 
Banca 
Titulares
Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Marcos Leandro Freitas Hubner (PPGB/Unirio)
Suplente
Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)
Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Marcos Leandro Freitas Hubner
Instituição
PGB Unirio

Mestrado - A pandemia de covid-19 nas favelas e comunidades urbanas do Brasil: uma análise bibliométrica

Tipo de evento
Data
Local
Sala 403 – Prédio Sede Campus Fiocruz Maré
Resumo

Resumo:

Esta pesquisa tem por objetivo analisar a produção científica sobre a pandemia de COVID-19 nas favelas e comunidades urbanas do Brasil, buscando elencar a identificação global, o mapeamento de coautorias, instituições, países e palavras-chave sobre a temática e analisar a evolução dos tópicos identificando mudanças e possibilidades de continuidades de estudos ao longo do tempo. Utiliza como método a pesquisa bibliométrica, com caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, tendo por objeto de análise publicações científicas recuperadas a parir de buscas nas bases de dados SciELO, Web of Science e SCOPUS. Apresenta as construções teóricas sobre os conceitos, desafios e perspectivas em saúde sobre a pandemia de COVID-19 no mundo e no Brasil. Aborda sobre as favelas e comunidades urbanas do Brasil, elencando a construção desses territórios. Apresenta a reflexão sobre a crise sanitária ocasionada pelo coronavírus nas favelas e comunidades urbanas brasileiras. A partir dos resultados e discussões, apresentam que a comunidade científica agiu de modo colaborativo e com foco para descobrir as questões específicas de saúde e de assuntos mais complexos, no entanto, a produção relacionada a temática delimitada ainda carece de mais investigações por parte dos pesquisadores. O panorama exposto através das publicações analisadas evidencia as tendências de assuntos que foram evoluindo conforme o fenômeno pandêmico foi perpassando por nossa sociedade, no período definido, onde a saúde dessas populações foram negligenciadas, gerando assim, diversas desigualdades e efeitos drásticos para a saúde e o bem-estar dessas vidas. Indica-se, por fim, que a partir das análises e discussões realizadas, que a necessidade de investimento em pesquisas e em políticas públicas que abordem a saúde, a prevenção e o bem-estar das populações faveladas e de comunidades urbanas ocorram de forma recorrente, não apenas em situações de crises sanitárias, a fim de assegurar os direitos previstos na Constituição Federal Brasileira de 1988.

 

Aluno: Thiago Ferreira de Oliveira

Orientador: Marcio Sacramento de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Palloma Valle Menezes (Iesp/Uerj)

Suplentes

Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Franciele Marques Redigolo (PPGCI/Unesp)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Palloma Valle Menezes
Instituição
Iesp/Uerj

Qualificação de Mestrado - Biblioterapia como Prática Integrativa Complementar: uma revisão de escopo

Tipo de evento
Data
Local
Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo

Aborda a produção científica em biblioterapia pela revisão de escopo visando apresentar usos, conceitos e aplicações na assistência em saúde. Mapeia e caracteriza a produção científica em biblioterapia, investigando sua relação como prática integrativa complementar. Analisa o conceito abrangente de biblioterapia e suas aplicações, à luz das práticas integrativas complementares disponíveis no sistema único de saúde. Identifica as publicações e redes de colaboração relevantes na biblioterapia. Conclui que a revisão de escopo fornece subsídios para o fortalecimento do conhecimento científico sobre biblioterapia, destacando sua possível integração nas políticas públicas de práticas integrativas complementares. Aponta também limitações a serem consideradas na formulação dessas políticas.

Aluna: Débora Vilar Melo 

Orientadora: Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Bruna de Paula Fonseca e Fonseca (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Daniele Achilles Dutra da Rosa (PPGB/Unirio)

Suplente

Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Daniele Achilles Dutra da Rosa
Instituição
PPGB - Unirio

Defesa Mestrado - SUS sob austeridade: uma análise de editorias da Folha de São Paulo durante a pandemia de Covid-19 (2020-2022)

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré Fiocruz
Resumo

Resumo:

A pesquisa propôs analisar a construção de sentidos em torno do Sistema Único de Saúde (SUS) e da austeridade fiscal no jornal Folha de S. Paulo (FSP), no contexto da Covid-19. Investigamos a contradição entre argumentos favoráveis ao SUS, fundamental para conter a crise sanitária e, simultaneamente, a defesa da austeridade, expressa na Emenda Constitucional 95 (EC 95) - que significou o desfinanciamento do SUS.  Para cumprir nossos objetivos, analisamos 123 editoriais, denominados pelo próprio veículo como “O que a Folha pensa”, publicados entre março de 2020 e março de 2022, cobrindo assim fases distintas da pandemia. O trabalho fundamenta-se nas evidências dos efeitos nocivos da austeridade à saúde das populações (Stuckler e Basu, 2014).  Compartilhamos o pensamento de autores que situam a imprensa como agente discursivo do neoliberalismo (Bóron, 1999; Oliveira 1999; Harvey, 2005; Motter, 2019 ). Nos baseamos no conceito de SUS Midiático (Machado, 2020), que  defende que a imprensa influencia na opinião pública - na produção de sentidos - sobre o SUS. As ideias de Direito à Comunicação e Saúde (Stevanim e Murtinho, 2021) guiam esta dissertação, na intersecção entre apontamentos sobre democratização da comunicação e direito à saúde.  Os resultados apontam que os editoriais confirmaram a posição da FSP em defesa de medidas de proteção social, como o auxílio emergencial, e em acordo com as orientações científicas. Especificamente em relação ao SUS, ganhou destaque a importância do seu papel no processo de vacinação,  e a  potência de sua rede para materializar ações de enfrentamento da pandemia. Contraditoriamente a esse discurso, mas coerente com seu alinhamento político, sustentou o imperativo de confiança no mercado e articulou com firmeza argumentos a favor do equilíbrio fiscal e do teto de gastos, entre outras políticas de austeridade. Identificamos no material analisado o que apelidamos SUS-necessário, a articulação de características que apresentam um  sistema robusto, com estrutura sólida e acúmulo científico, mas não necessariamente público, e condicionado às medidas de austeridade. Concluímos que, mesmo neste contexto tão particular, em que o reconhecimento  do  SUS alcançou patamares elevados, a perspectiva empresarial da imprensa  prevalece e se mantém  seu alinhamento à lógica neoliberal. 

Aluna: Hara Flaeschen de Campos  

Orientador: Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Banca:

Titulares

Izamara Bastos Machado (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Isabela Soares Santos (Daps/Ensp/Fiocruz)

Suplentes

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Carmem Emmanuely Leitão Araújo (PPGSP/Fames/UFC)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Isabela Soares Santos
Instituição
Daps/Ensp/Fiocruz

Defesa Mestrado - Desigualdades raciais em saúde: ICSAP como um indicador importante na análise do atributo raça/cor nos sistemas de saúde

Tipo de evento
Data
Local
Plataforma Zoom
Resumo

Resumo

O contexto brasileiro carrega marcas do escravismo ainda não superado e contribui para a perpetuação das relações assimétricas, produzindo uma sociedade acentuadamente desigual.  Pensando nas ramificações que a desigualdade assume, à luz da dimensão da saúde, o presente trabalho explorou quatro aspectos fundamentais: (i) como as desigualdades se expressam através das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP); (ii) a importância da informação em saúde para o enfrentamento das desigualdades; (iii) a relação entre raça e as dificuldades de acesso aos serviços de saúde e (iv) situação geográfica que informa onde se concentram as desigualdades mais expressivas que se desenvolvem no campo da saúde que contemplam a linha investigativa da pesquisa. O estudo foi desenvolvido a partir das seguintes metodologias: (i) revisão bibliográfica sobre raça e saúde, ICSAP por raça/cor, vulnerabilidades sociais e desigualdades; (ii) análise da informação sobre raça nos sistemas de informações em saúde e (iii) análise das desigualdades raciais e espaciais expressas através das ICSAP com dados dos sistemas de informação em saúde. Para isso, o trabalho contará com a análise dos anos de 2010, 2016 e 2022 para investigar a evolução da aplicação do indicador acima expresso a partir do atributo raça/cor, se amparando no uso do QGis (software livre) e obtendo como resultado final, a elaboração de mapas para registrar a distribuição das ICSAP nos municípios brasileiros. Destaca-se neste âmbito a discussão sobre como as ICSAP se relacionam a diferentes concentrações da população por cor/raça nos municípios brasileiros, expressas pela densidade racial, além da qualidade da informação sobre cor/raça no Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Por último, a pesquisa destaca as ICSAP como expressões das desigualdades sociais, raciais e espaciais, contribui para a qualidade da informação em saúde através da melhoria do preenchimento da variável de raça/cor nos sistemas de informação em saúde.

  

Aluna: Laísa de Deus Abrahão

Orientador: Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

Banca:

Titulares

Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Geny Ferreira Guimarães (PPGGEO/UFRRJ)

Suplentes

Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo  (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Mônica Silva Martins (PPGSP/Ensp/Fiocruz)

Local: Zoom

Link: https://us06web.zoom.us/j/87107961757?pwd=KNiWlHbnz2SdPQnZJjFNEittLWqiG0.1

ID da reunião: 871 0796 1757

Senha de acesso: 919462

 

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Geny Ferreira Guimarães 
Instituição
PPGGEO/UFRR