Título: Arquitetura da Informação em ambientes informacionais digitais na área da saúde: revisão de escopo 

Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar a produção científica sobre arquitetura da informação em ambientes informacionais digitais em saúde. A relevância desse estudo está na possibilidade de auxiliar na organização, rotulação, navegabilidade e busca de informações em ambientes informacionais digitais na área da saúde bem estruturados para que os vários tipos de usuários possam acessar os conteúdos e interagir com o ambiente digital de forma intuitiva, fácil e clara. A metodologia utilizada segue as recomendações da JBI para revisão de escopo e as orientações do checklist Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR).  Os grupamentos temáticos que formam o anagrama PCC são: “ambientes informacionais digitais/ Web – Internet; arquitetura da informação e saúde/ tecnologias de informação e comunicação em saúde. Os descritores e termos livres foram adaptados conforme a fonte de informação. A estratégia de busca para MEDLINE/PubMed foi escolhida como principal e enviada por uma Bibliotecária para avaliação no PRESS Forum. A busca foi realizada no dia 15 de abril de 2022 em nove fontes de informação, a saber: BRAPCI (Universidade Federal do Paraná – UFPR – e Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS); CINAHL with full text (EBSCO), EMBASE (Elsevier); ISTA (EBSCO); LISTA (EBSCO); LILACS (BIREME/OPAS/OMS); MEDLINE/PubMed (NCBI/NLM); Scopus (Elsevier), Web of Science (Clarivate Analytics). Foram recuperados 1358 registros que foram enviados para o gerenciador de referências EndNote ponde foram removidas 703 duplicatas. No aplicativo Rayyan passaram pela etapa de seleção 655 registros dos quais 581 foram excluídos após leitura de título e resumo por dois revisores independentes – a autora e o orientador dessa pesquisa. Os critérios de inclusão são: período de cobertura de 1990 a 2021; A escolha do corte temporal de 1990 a 2021 deve-se ao fato que essa pesquisa está limitada aos ambientes informacionais desenvolvidos para a Web, cuja criação ocorre em 1990. Esta revisão de escopo considera estudos originais, publicados, trabalhos apresentados em eventos, estudos quantitativos, qualitativos, exploratórios, revisões. Os critérios de exclusão são: estudos duplicados; esta revisão considera os ambientes informacionais digitais na área da Saúde e não em outras áreas do conhecimento; Estudos que estejam fora da temática desta revisão de escopo; Capítulos de livros e livros, Resenhas de livros, resumos de conferências, folhetos, Teses e Dissertações. Desses 74 registros foram para leitura de texto completo e apenas 6 atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados foram apresentados em gráficos, quadros e tabelas e para o mapeamento e caracterização dos resultados foram elaboradas planilhas em Excel. Conclui que os sistemas de arquitetura da informação são estudados até hoje; que os ambientes informacionais digitais mais estudados na área da saúde são sites, bases de dados e bibliotecas virtuais, também tratados como recursos de conhecimento da área da saúde. O local de publicação que mais publica é o Brasil. E sobre os títulos dos periódicos, 5 títulos cobrem as áreas de Ciênca da Informação e Biblioteconomia. A principal lacuna de conhecimento é a falta de estudos sobre outros objetos de TICs em saúde, como aplicativos para mHealth.

Aluna: Diana Amado Baptista dos Santos

Orientador: Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Banca: 

Titulares 

Dr.ª Kizi Mendonça de Araújo (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.ª Aline da Silva Alves (CTIC/Icict/Fiocruz) 

Suplentes 

Dr.ª Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.ª Luiza Rosangela da Silva (FCS/Uerj)

Data: 30/08/2022 – terça-feira / Horário: 09h

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/83059685527?pwd=c1BNeldSQ2hTTUZ6UUM0bkx2cEtJQT09

Senha de Acesso: 051324 

Título: Produção de Informação sobre a deficiência no Brasil: relevância dos censos demográficos 

Resumo: A deficiência não está limitada a uma minoria, pois ela é um fato previsível ao longo da vida das pessoas, tal qual o envelhecimento. Torna-se importante destacar que o envelhecimento vem acompanhado de alterações fisiológicas e metabólicas no corpo humano e em muitos casos os fatores genéticos, ambientais e sociais podem provocar não somente o surgimento de comorbidades, mas também impactar a qualidade de vida e funcionalidade dos indivíduos (KREUZ; FRANCO, 2017). Entender que a deficiência é algo passível a todos levanta a questão da necessidade de elaboração de políticas públicas que propiciem uma sociedade mais sensível à diversidade e as necessidades dos indivíduos (MEDEIROS; DINIZ; 2004). Nesse sentido, a produção de dados é de intensa importância, pois favorece a criação de informações que posteriormente se transformará em conhecimento para o planejamento de ações (BRANCO, 2006) e o Censo Demográfico, por seu caráter universal é a principal fonte de informação sobre a deficiência no país. Por isso, os questionamentos iniciais desta pesquisa são: Quais são os conceitos de deficiência e envelhecimento adotados no Brasil durante o século XXI? Como tem sido a produção de dados sobre a deficiência, especialmente em idosos no Brasil? Como a mudança na pergunta sobre deficiência de um período para o outro afeta as estimativas de prevalência? O objetivo geral desta dissertação foi analisar a produção de informação sobre o que diz respeito à deficiência e o envelhecimento nos Censos Demográficos do Brasil a partir do modelo de referência de funcionalidade e deficiência/incapacidade da Organização Mundial de Saúde (OMS) contido na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Este trabalho foi baseado numa metodologia de revisão bibliográfica e análise dos instrumentos de avaliação da deficiência, dividido em três capítulos. Foi constatada a importância dos Censos demográficos estarem em consonância com as Recomendações Internacionais e a necessidade de haver uma efetiva comunicação entre os órgãos governamentais produtores desses dados/informações e especialistas no tema da deficiência no intuito de potencializar os resultados de modo a propiciar reais melhorias nas aquisições de direitos e qualidade de vida dessa população.

Aluna: Íris Nascimento de Souza

Orientadora: Dalia Elena Romero Montilla (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

 Banca: 

Titulares 

Dr. Paulo Roberto Borges de Souza Junior (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.ª Luciana Castaneda Ribeiro (Profept/IFRJ) 

Suplentes 

Dr. Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.ª Aline Pinto Marques (LIS/Icict/Fiocruz) 

Data: 30/08/2022 – terça-feira / Horário: 14h

Local: . Sala 402 – Prédio Sede do Campus Maré (Av Brasil, 4.036) 

Título: Abram-se os portões: um estudo sobre as reconfigurações da práxis jornalística frente aos novos atores das plataformas digitais no contexto da cobertura da vacina contra a Covid-19

Resumo: Este trabalho parte da constatação de dois fenômenos importantes em curso: o primeiro, relacionado à reconfiguração do jornalismo diante dos novos atores produtores, circuladores e consumidores de notícias das plataformas digitais e sua tentativa de retomada do protagonismo e da hegemonia da enunciação da verdade no campo da saúde. O segundo fenômeno refere-se ao advento da pandemia de Covid-19, que impactou de modo significativo as esferas sanitária, política, social, econômica e comunicacional do mundo em geral e, em particular, do Brasil. Neste novo cenário, vários desafios emergiram, tanto aqueles relacionados à saúde (como os modos de enfrentamento ao vírus), quanto os do âmbito da comunicação, diante da ampla circulação de desinformação sobre a Covid-19 no Brasil. Tendo como referência esse conjunto de questões, esta pesquisa busca investigar que estratégias o jornalismo vem adotando para manter sua autoridade de enunciador público da verdade diante da concorrência com esses novos atores sociais digitais, e como isso se dá em especial na cobertura jornalística da saúde. Para buscar respostas, o objetivo geral deste estudo é investigar como as reconfigurações da práxis jornalística ocorridas diante da concorrência com os novos atores produtores, circuladores e consumidores de notícias das plataformas digitais impactaram a cobertura jornalística sobre a vacina contra a Covid-19. Para compreender a dimensão dessa disputa do poder simbólico no atual ecossistema midiático de circulação e consumo das notícias, traremos discussões teóricas sobre as transformações históricas nos processos de produção da notícia na redação jornalística, perpassando cenários comunicacionais em tempos de verdade, pós-verdade e desinformação, e uma perspectiva dialógica entre os conceitos de Mercado Simbólico (Inesita Soares de Araújo) e do Gatekeeping. A Metodologia para conduzir o processo de investigação prevê uma abordagem qualitativa, combinando entrevistas individuais do tipo semiestruturadas; e coleta, mapeamento e análise qualitativa de dados de sites de redes sociais, sob a perspectiva da análise de redes sociais (ARS).

Aluno: Marcio Martins Calil

Orientadora: Kátia Lerner – (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Janine Miranda Cardoso  (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Fábio Castro Gouveia  (PPGCI/UFRJ)

Suplente

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Data: 22/08/2022 – segunda-feira / Horário: 14h

Local: Sala 402 – Prédio Sede do Campus Maré

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/82414764697?pwd=M0tRc0lBU3hETCtPNHZYbUxFYUt6dz09

Senha de Acesso: 457061

Daniela Muzi, coordenadora da VideoSaúde e professora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), será a convidada da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), para a palestra Atuação dos algoritmos na circulação de discursos sobre saúde em mídias sociais, com destaque para o Youtube. O evento é promovido pelo Laboratório de Inovação, Informação e Interação (Lab3i) da ESPM.

Plataforma Zoom: https://espm.zoom.us/j/92642269829

ID: 926 4226 9829

Título: Quem consome fake news consome fake news? Os usos e sentidos atribuídos à ciência e ao jornalismo em grupos sobre COVID-19 no Telegram 

Resumo: Esta tese investiga os discursos sobre ciência e saúde que circulam durante a pandemia de Covid-19 em canais de informação sobre o tema no Telegram. O objetivo é compreender os usos e sentidos atribuídos à ciência e ao jornalismo pelos usuários da plataforma e caracterizar a representação desses dois campos nos processos de desinformação científica em saúde. O estudo sustenta a tese de que não há uma desconfiança generalizada no jornalismo e na ciência, mas uma mudança na lógica de consumo de informações no século XXI: o conteúdo sobre ciência e saúde deixou de ser apenas transmitido pelas instituições e pelos meios de comunicação considerados tradicionais e ganhou novos formatos e opções de acesso (graças à internet e às redes sociais digitais), que nem sempre têm o compromisso com a produção e a transmissão de uma informação precisa e de qualidade. Além disso, surge nesta nova lógica uma outra forma de produção de conhecimento/verdade, que está relacionada à manutenção e ao reforço das crenças pessoais. Indo na contramão dos recentes trabalhos realizados no Brasil sobre o tema, que focam na produção textual e na checagem de fatos, esta investigação parte da perspectiva das mediações (MARTÍN-BARBERO, 1997; MARTÍN-BARBERO, 2018) e como elas se dão no contexto das mídias sociais (RECUERO, 2009) para entender os usos feitos pelos atores sociais dessas mesmas plataformas. Pretende-se com isso estabelecer diálogos teóricos sobre verdade e poder (FOUCAULT, 2013; FOUCAULT, 2016; FERNÁNDEZ-ARMESTO, 2000; CAMPBELL, 2008), os usos dos sistemas peritos (GIDDENS, 1991; MIGUEL, 1999) na contemporaneidade e os sistemas de crença vigentes no advento da pós-verdade (KEYES, 2018; D’ANCONA, 2018; DUNKER, 2017) e marcados pelo fenômeno da desinformação (MASSARANI et al., 2021) e das fake news (SACRAMENTO; PAIVA, 2020). Compreendendo a linguagem como uma forma de prática social (FAIRCLOUGH, 2001), pretende-se fazer um estudo etnográfico-discursivo (MAGALHÃES; MARTINS; RESENDE, 2017; MAGALHÃES, 2019; RESENDE, 2008) com os usuários dos grupos sobre Covid-19 no Telegram Médicos pela Vida, Vacinacv19_relatos e Canal da Dra. Roberta Lacerda, em que os métodos etnográficos (observação não-participante, notas de campo e entrevistas em profundidade) serão usados para a geração e coleta de dados entre os anos de 2021 e 2023. Em seguida, o corpus textual será analisado sob a ótica da Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2003) associada à Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1991). Com isso, espera-se identificar as escolhas e os usos de fontes e meios de informação sobre ciência e saúde pelos usuários do Telegram, analisar a forma como eles se relacionam com esse tipo de conteúdo e, por fim, investigar os processos de circulação e consumo da desinformação científica sobre saúde na referida plataforma.

Aluna: Ana Carolina Pontalti Monari 

Orientador: Igor Sacramento (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Bancas  

Titulares  

Kizi de Oliveira Mendonça  (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Thaiane Moreira de Oliveira  (PPGCOM/UFF) 

Suplente 

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Data: 18/08/2022 – quinta-feira / Horário: 14h 

Local: Sala 410 – Prédio Sede do Campus Maré 

Título: Ciência na televisão durante a pandemia de Covid-19: análise da cobertura sobre as vacinas em Fantástico e Domingo Espetacular 

Resumo: A pandemia da Covid-19 já causou mais de 6,3 milhões de mortes no mundo, sendo mais de 670 mil no Brasil, até 15 de julho de 2022. Uma das mais importantes estratégias para o enfrentamento da doença, as vacinas são também um dos alvos mais frequentes de boatos e informações enganosas que proliferam no contexto de infodemia. No ambiente comunicacional marcado pelo intenso fluxo de informações, pluralidade enunciativa e polarização política, a ciência e o jornalismo têm sua legitimidade e autoridade questionadas. A partir do campo da Comunicação e Saúde, compreendemos a comunicação como um processo social de produção de sentidos, em que diferentes atores lutam para construir simbolicamente a realidade. Observamos que as transformações do ecossistema da comunicação não apagam a relevância dos meios de comunicação, especialmente da televisão, que alcança 97% das residências no Brasil e se expande para outras telas com a convergência de mídias digitais, ao mesmo tempo em que se alimenta de conteúdos gerados na internet. Nesse contexto, nosso projeto tem como objetivo geral analisar a produção de sentidos sobre a ciência na cobertura sobre as vacinas da Covid-19 nos programas Fantástico, da TV Globo, e Domingo Espetacular, da Record TV. Nossos objetivos específicos são: identificar como a ciência, suas instituições e atores são construídos; analisar como os programas constroem a relação entre o discurso científico e outros discursos; e discutir a construção da credibilidade da ciência e do telejornalismo nos programas. Notamos que os programas Fantástico e Domingo Espetacular são exibidos em emissoras com perfis distintos, que podem ser considerados como representativos da diversidade socioeconômica, política e religiosa da sociedade brasileira. Em linha com a nossa perspectiva teórica, nossos encaminhamentos metodológicos para análise do material empírico baseiam-se na Semiologia dos Discursos Sociais (Pinto, 2002); na análise do dispositivo de enunciação, também chamado de “contrato de leitura” na imprensa escrita (Verón, 2004); e na análise dos modos de endereçamento do telejornalismo (Gomes, 2011). 

Aluna: Maíra Margarida Troina Mennezes Gondim

Orientadora: Janine Miranda Cardoso  (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Bancas:  

Titulares 

Kátia Lerner  (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Simone Petraglia Kropf  (PPGHCS/COC/Fiocruz) 

Suplente

Igor Pinto Sacramento  (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Data: 11/08/2022 – quinta-feira / Horário: 14h 

Local: Sala 410 - Prédio Sede do Campus Maré 

Título: Construção de indicadores de acurácia para avaliação da qualidade da informação em sites de HPV 

Resumo: O trabalho que estou desenvolvendo intitula-se “Construção de indicadores de acurácia para avaliação da qualidade da informação em sites de HPV” e tem como objetivo fornecer subsídios para a formulação de um instrumento capaz de auxiliar a construção e/ou alteração de sites de HPV, de forma que estes apresentem informações que estejam em conformidade com as evidências científicas mais atuais. Em termos de objetivos específicos, pretendemos identificar as evidências científicas mais atuais sobre HPV e elaborar indicadores de acurácia para a avaliação de sites de HPV. A discussão se insere no âmbito do cenário informacional em que vivemos, que está repleto de problemas. Estamos inseridos em um contexto de “desordem informacional”, conforme denominam Wardle e Derakhshan (2017). O trabalho elaborado até o momento divide-se em cinco partes, além da introdução. Na primeira, apresentamos um breve histórico da internet, chegando à computação ubíqua e internet das coisas. Na segunda parte, abordamos as possibilidades oferecidas pelas NTICs que as tornam atrativas para a busca de informações em saúde e mostramos as diferentes maneiras em que a saúde está inserida no contexto da internet. Na terceira parte do trabalho tratamos da “desordem informacional” e elencamos algumas formas de combate a ela presentes na literatura. Na quarta, apresentamos o percurso teórico-metodológico que percorremos. Por fim, na quinta parte apresentamos nossa proposta de cronograma. 

Aluna: Julie Soares de Moraes Peixoto

Orientador: André de Faria Pereira Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Segundo Orientador: Rodolfo Paolucci Pimenta (Laiss/Ensp/Fiocruz) 

Bancas:  

Titulares  

Viviane Santos de Oliveira Veiga – (PPGICS/LIS/Icict/Fiocruz) 

Májory Karoline Fernandes de Oliveira Miranda – (PPGCI/UFPE) 

Suplente 

Adriana Cavalcanti de Aguiar – (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Data: 21/07/2022 – quinta-feira / Horário: 10h

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/88239519823?pwd=N1Z5YVFSZUJ3MEpWVmN2Um5veTFwZz09 

Senha de acesso: 769306 

Título: Infraestrutura de informação na fronteira entre saúde e direito: ampliando o diagnóstico da judicialização no Brasil

Resumo: A judicialização da saúde no Brasil é um tema relativamente recente na literatura científica. As discussões no campo mostram-se, não sem surpresa, ainda divergentes, em grande parte, fruto da escassez de dados sistematizados para sustentá-las. Para compreender a judicialização enquanto um fenômeno heterogêneo e complexo, que ultrapassa a saúde, defende-se a importância de se empregar fontes de dados mais robustas, abertas à perspectiva interdisciplinar. A presente tese parte da proposta de judicialização 2.0 (BIEHL et al., 2018) que defende um esforço de coletar, sistematizar e divulgar dados abertos, em nível nacional, on time e online, somados ao esforço interdisciplinar para agregar outras dimensões do fenômeno da judicialização da saúde com vistas a ampliar e qualificar os litígios na área. Nesse sentido, a tese tem o objetivo de apresentar o desenvolvimento de uma metodologia, inserida no campo dos estudos sobre Infraestruturas de Informação (II), que se propõe, a partir do Diário da Justiça Eletrônico (DJe), monitorar periodicamente os litígios em curso e descrevê-los de forma mais qualificada, abrindo a possibilidade de inserção de outras dimensões, complementares, que ampliem a compreensão da judicialização da saúde. Em atenção ao conceito de “práticas baseadas em evidências”, foi desenvolvido, em caráter exploratório, um protótipo, JUDJe (judje.com.br), orientado para ler, coletar, agrupar, classificar e disponibilizar dados de judicialização da saúde, especificamente, nos litígios em câncer, no estado do Rio de Janeiro, no período entre 2015 e 2021. Fundamentado a partir de uma recuperação da informação por padrão morfossintático e linguagem natural, por meio de dicionários de referência (DR), o protótipo processou 26 milhões de movimentações no DJe do TJRJ, das quais 68 mil ocorrências processuais em saúde, sendo mais de 47 mil processos únicos sobre câncer. Os dados foram categorizados em 24 variáveis, as quais podem ser expandidas para outros tribunais, outros recortes temporais e outros agravos. Para validar a metodologia originária do JUDJe e pensando na apropriação do sistema por parte de usuários diversos, foi empregada a prova de conceito (PoC), de tal forma que os dados qualificados, apresentados pelo sistema, possibilita a configuração de bancos de dados personalizados sobre a judicialização. O JUDJe se mostrou escalável, expansível, híbrido, de alta disponibilidade, capaz de fornecer uma infraestrutura potencial, até então inexistente no Brasil, que permite novas configurações de dados e análises do próprio judiciário, da gestão pública e da sociedade.

Aluno: Jânio Gustavo Barbosa

Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo Orientador: Clênio Jair Schulze (JF/CNJ)

Banca:

Titulares

Dr.ª Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr.ª Luciana Romano Morilas (FEA/USP)

Dr. Orlando Luiz Zanon Junior (Univali/PPCJ)

Suplentes

Dr.ª Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. Ildeberto Aparecido Rodello (FEA/USP)

Data: 24/08/2022 – quarta-feira / Horário: 9h

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/89741698736?pwd=R0F4OVFXMHl2UGZ6VzJZMmNDTGIxUT09

Senha: 815952

O evento faz parte do VIII Encontro para a Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e acontecerá no dia 18 de agosto, das 13h30 às 16h30, no Anfiteatro João Yunes, com transmissão on-line pelo canal do YouTube da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Podem participar graduandos(as), pós-graduandos(as), profissionais de saúde e demais interessados(as) na temática. Haverá emissão de certificado aos participantes presentes.

Para se inscrever, acesse https://bit.ly/aleitamentomaterno-marketingdeprodutos.