Qualificação de doutorado - Imaginação celular e periferia – etnografando digitais e imprevisões

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo

O projeto de pesquisa visa estudar o uso do aparelho celular por jovens moradores da periferia da cidade do Rio de Janeiro, buscando compreender aspectos das suas formas de apropriação e mediações numa sociedade midiatizada.  A proposta é problematizar teoricamente as relações entre a imaginação e o celular para refletir sobre os vínculos intersubjetivos e comunicacionais que envolvem a utilização dos dispositivos tecnológicos no cenário digital e midiático atual.  Numa etapa inicial, serão aplicados questionários aos participantes (jovens de 19 a 29 anos) de um projeto de comunicação popular coordenado por uma organização não governamental, com apoio da Fiocruz, objetivando realizar o mapeamento de hábitos sobre os usos do celular e do universo midiático digital em territorialidades periféricas.  Esse levantamento de indícios gerais subsidiará a realização da etapa seguinte da pesquisa, que consiste no trabalho de escuta e observação etnográfica, acompanhando especificamente as rotinas de vida de três jovens moradores da periferia carioca, no intuito de compreender as mediações e os diferentes usos do celular no universo comunicacional da sociedade.  Também serão pesquisadas suas postagens nas redes midiáticas de internet, considerando mensagens, vídeos, fotos etc., a serem interpretadas através de conversas, reflexões compartilhadas e indagações sobre as suas práticas, intencionalidades, lazer, memórias, expectativas, projetos de vida etc.  Visando constituir como corpus empírico a descrição deste conjunto de diálogos e observações do trabalho de campo, analisando os tipos de vínculos e interações comunicacionais em contextos periféricos, frente ao cenário discursivo hegemônico da cidade, em meio às múltiplas plataformas da internet e dos meios de comunicação tradicionais.  De forma geral, as perguntas iniciais que orientam o projeto tratam sobre os usos comunicacionais dos dispositivos tecnológicos e suas relações com as formas de representação de si.  Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é compreender como o aparelho celular tem sido utilizado e apropriado por moradores jovens de territórios periféricos, no que diz respeito a seus hábitos comunicacionais e a suas políticas subjetivas nas comunidades às quais estão vinculados. Sob esta perspectiva, considerando o contexto sociohistórico das tecnologias digitais e midiáticas, buscarei questionar e identificar mudanças e continuidades implicadas nos usos do celular e do amplo dispositivo sociotécnico como forma de registro das experiências e histórias de vida, que acompanha as rotinas e a imaginação das pessoas.

Aluno: Paulo Castiglioni Lara

Orientadora: Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Ana Lucia Silva Enne (PPGCULT/UFF)

Suplente

Inesita Soares de Araujo (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Ana Lucia Silva Enne
Instituição
PPGCULT/UFF

Qualificação de mestrado - “Vozes da Rua, Meu Lugar de Fala” - Comunicação e informação em saúde para moradores em situação de rua: perspectivas e desafios

Tipo de evento
Data
Local
403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo

A pesquisa "Vozes da rua, meu lugar de fala" enfoca a comunicação sobre temas da saúde para a população em situação de rua (PSR), considerando as estruturas de poder que (re)produzem desigualdades e desafios enfrentados no acesso à informação e aos serviços de saúde. Através de uma abordagem comunicacional, sociossanitária e decolonial, a pesquisa busca compreender a percepção e formas de acesso e apropriação, por essa população, da informação e da comunicação oferecida pelas instituições de saúde. A metodologia adotada é qualitativa, participativa e humanista, buscando atender a necessidade de abordagens de pesquisa mais inclusivas e cidadãs. Os procedimentos seguirão a perspectiva das Conversações, que incluem a realização de conversas individuais e coletivas e o registro fotográfico (foto-voz) pelos participantes de suas percepções sobre o tema, seguido de exposição com debate coletivo dessa produção comunicacional. Esse processo baseia-se na necessidade de (re)conhecer e valorizar as experiências, conhecimentos, saberes, culturas e potencialidades dos sujeitos envolvidos, expressos através da escuta e amplificação de suas vozes. A análise dos dados será pautada pelas teorias decoloniais e a perspectiva dos direitos humanos. A pesquisa se realiza com a esperança de poder, através de uma compreensão mais profunda das necessidades comunicacionais da população em situação de rua, potencializar uma outra forma de relação entre as instituições de saúde e a PSR, que considere seus reais contextos, demandas e possibilidades de protagonismo na superação do seu estado de vulnerabilidade.

 Aluna: Jaçanã Lima Bouças Correia

Orientadora: Inesita Soares de Araujo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 Bancas:

Titulares

Kátia Lerner (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nadja Sousa Araujo (AgSUS)

Suplente

Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Nível
Segundo orientador
Banca
Nome
Nadja Sousa Araujo
Instituição
AgSUS

Qualificação de mestrado - Análise da Vigilância Epidemiológica da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Sistema de Informação em Saúde Sivep - Gripe no período da pandemia de covid-19

Tipo de evento
Data
Local
410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo

Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) têm como finalidade principal informar as condições de saúde das populações e servir de subsídio para a criação de políticas públicas universais, integrais e equitativas. Para a vigilância em saúde, a qualidade dos dados é primordial para refletir com precisão o cenário epidemiológico vigente. A avaliação da qualidade dos SIS não é monitorada de forma padronizada pelo Ministério da Saúde, pois os Sistemas de Informação em Saúde se desenvolveram de forma dispersa e em grande parte dos casos os sistemas não conversam entre si. A doença causada pelo vírus SARS-Cov-2 foi denominada como COVID-19 e rapidamente se alastrou por todo o mundo, tornando-se uma emergência de saúde pública de importância internacional. O Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-GRIPE) é instrumento das vigilâncias epidemiológicas a nível federal, estadual e municipal. A partir da pandemia de Covid-19 em 2020, o SIVEP-Gripe começou a agregar inclusive os registros de SRAG e óbitos causados por coronavírus, o que ocasionou uma exacerbação dos registros diários e como consequência, muitas duplicidades, incompletudes e inconsistências. Objetivo: Analisar ao longo do tempo os dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave contidos no SIVEP-GRIPE, desde a sua implementação até o período da pandemia. Metodologia proposta: Estudo descritivo e retrospectivo de dados secundários de hospitalizações e óbitos por SRAG do SIVEP-GRIPE no estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2013 e 2022. Resultados esperados: ainda em estruturação.

Aluna: Daniella Carbonetti Rangel Augusto

Orientadora: Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo Orientador: Christovam de Castro Barcellos Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães (PPGSP/Ensp/Fiocruz)

Suplente

Marcel de Moraes Pedroso (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
do PPGICS
Banca
Nome
Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães
Instituição
Ensp/ Ficoruz

Qualificação de Doutorado - Os usuários e a participação social no centro do debate sobre a saúde digital, a proteção de dados pessoais e o direito à comunicação na Atenção Primária à Saúde

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
403 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo

A pesquisa em desenvolvimento no curso de Doutorado realizado no Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), vinculado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tem como tema a saúde digital e a proteção de dados pessoais no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), considerando a crescente digitalização dos serviços de saúde nos últimos anos por meio do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Tem como objetivo geral compreender como os usuários da APS e os conselheiros de saúde representantes dos usuários no Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro se apropriam das tecnologias digitais utilizadas no serviço, considerando o acesso à informação e à comunicação, o acesso ao sistema de saúde, e a proteção dos dados pessoais, assim como, os limites e as potencialidades de uma participação social mais efetiva ou não em garantir a proteção de dados pessoais enquanto um direito. Será realizada uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, tomando os usuários das unidades de APS e os conselheiros de saúde representantes dos usuários no Conselho Municipal de Saúde do Rio de Janeiro como objeto deste estudo. O projeto de pesquisa será submetido ao Comitê de Ética da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Após a aprovação no comitê de ética, será realizada uma entrevista semiestruturada com os participantes de pesquisa. O material de pesquisa obtido por meio de revisão bibliográfica, documental e das entrevistas realizadas será analisado por meio da triangulação das múltiplas fontes de evidências e da análise de narrativa, que terá como intuito evidenciar as narrativas, o contexto em que acontecem e a sua historicidade considerando o passado, o presente e as projeções de futuro, de modo a desnaturalizar o que parece normal e revelar a produção de sentidos presentes no contexto da saúde digital nos serviços. A relevância desta pesquisa está em trazer contribuições que possam incidir na redução das iniquidades em saúde de modo que a saúde digital possa ser conduzida de forma ética e equitativa, sendo um facilitador e um qualificador do acesso ao sistema de saúde e, ao mesmo tempo, que converse com as necessidades de saúde da população e do próprio sistema de saúde, e na garantia de direitos por meio da participação e controle social nas políticas de saúde. 

Aluna: Fabiana Dias do Nascimento

Orientador: Wilson Couto Borges (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo Orientador: Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Bancas:

Titulares

Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Marcelo Fornazin (PPGSP/Ensp/Fiocruz)

Suplentes

Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Nível
Segundo orientador
PPGICS ou Externo
do PPGICS
Banca
Nome
Marcelo Fornazin
Instituição
Ensp/Fiocruz

Doutorado - Saúde Coletiva e Informação: estudo de caso sobre o processo de gestão da saúde para os assentamentos de reforma agrária no Distrito Federal a partir da Estratégia e-SUS APS

Tipo de evento
Data
Local
Zoom
Resumo

Resumo: A proposta de pesquisa está relacionada ao tema da gestão em saúde para as populações do campo. Busca-se compreender como as informações de saúde produzidas no âmbito da atenção básica podem qualificar o processo de gestão dos serviços de saúde voltados aos assentamentos de reforma agrária. Entende-se que no atual contexto de intensificação do uso de dados, coloca-se a necessidade de refletir sobre a relação que se estabelece entre a ciência de dados e a gestão das políticas sociais, particularmente, a Política Nacional de Atenção Básica na interface com a reforma agrária. Considerando esse cenário, a proposição tem como objetivo entender como as informações produzidas a partir da Estratégia e-SUS AB podem contribuir com a qualificação do processo de gestão da saúde para os assentamentos de reforma agrária no Distrito Federal na atualidade. Propõe-se, então, uma estratégia de pesquisa de métodos mistos, combinando procedimentos metodológicos quantitativos e qualitativos, a partir de três componentes metodológicos: avaliação de sistemas de informação em saúde, análise exploratória de dados, componente estudo de caso único. Espera-se que o processo de pesquisa permita o aprofundamento teórico acerca dos processos sociais vinculados à relação entre a informação e a gestão das políticas sociais na contemporaneidade. 

Aluna: Adriene dos Santos Sá

Orientador: Marcel de Moraes Pedroso (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

 Banca: 

 Titulares 

Josué Laguardia (PPGICS/Icict/Fiocruz)  

André Luiz Dutra Fenner (Fiocruz) 

Renato dos Santos Veloso (PPGSS/Uerj) 

Suplente 

Renata de Saldanha da Gama Gracie Carrijo (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Data: 24/07/2023

Horário: 14h

Sala Virtual:  https://us06web.zoom.us/j/82101751242?pwd=SjNTL21oek5uaFR5UUtOTVI5QTB3Zz09

ID da reunião: 821 0175 1242

Senha de acesso: 647719 

Nível
Segundo orientador
Banca

Doutorado - Ciência Cidadã e Literacia em Saúde: em busca de pontos de conexão na literatura e na pesquisa no Brasil e em Portugal

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Plataforma Zoom
Resumo

Resumo: Procurar por pontos de aproximação entre Ciência Cidadã (CC) e Literacia em saúde (LS) é o principal objetivo do presente projeto, jogando luz sobre diferentes contextos e práticas de pesquisa, no Brasil e em Portugal. Dentro do contexto da Ciência Aberta, a Ciência Cidadã assume um papel importante no fortalecimento da relação entre a ciência e a sociedade, contribuindo para o crescimento da literacia científica. Por seu lado, a LS, entendida como a capacidade do indivíduo de obter, interpretar, entender e usar informação, é considerada vital para a promoção da saúde, uma estratégia vital para a equidade em saúde. Ambas são conceitos ainda em disputa na literatura, dada a interdisciplinaridade envolvida, e começaram a ganhar maior visibilidade nos anos recentes, por força de um movimento maior de democratização da ciência, e da saúde. Ambas as perspectivas pressupõem algum grau de colaboração entre pesquisadores e leigos, operando no imperativo da colaboração e da construção de abordagens que ampliem a participação social nos caminhos do desenvolvimento científico. Investigar se, e como inciativas de CC, quando no campo da saúde, vem contribuindo para a promoção da LS, na perspectiva da literatura cientifica internacional, conforma a primeira etapa da pesquisa. No contexto da aproximação entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Coimbra (UC), por meio de um programa de cotutela, busca-se, como campo empírico, identificar, no Brasil e em Portugal, iniciativas de pesquisa que convirjam para o encontro entre CC e LS, particularmente indagando atores-chave sobre tais pesquisas e seus resultados, atuais e/ou esperados.

Aluna: Rosângela Cordeiro de Souza Assef Neto

Orientadora: Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segunda Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Terceira Orientadora: Maria Manuel Lopes de Figueiredo Costa Marques Borges (DFCI/FL/UC)

Banca:

Titulares

Dr.a Viviane Santos de Oliveira Veiga (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. a Maria Manuela Tavares de Matos Cardoso (DFCI/FL/UC)

Suplente:

Dr. Márcio Sacramento de Oliveira (PPGICS/Icict/Fiocruz)

 

ID da reunião: 889 7503 0300

Senha de acesso: 482223

Link do convite: https://us06web.zoom.us/j/88975030300?pwd=blhBRkIxbGh3SDZ6ZStab3ZLN2xBdz09

Nível
Segundo orientador
Banca

Doutorado - Regimes de informação no enfrentamento da Doença de Chagas: um olhar a partir da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo:  Nos anos recentes, a literatura internacional sobre Doença de Chagas (DC) vem, novamente, ganhando corpo dentro do rol das Doenças Negligenciadas (DN), com o alerta que ela é a mais negligenciada. Silenciosa e silenciosa. São apontados vários fatores para tal invisibilidade, que emergem tanto da pesquisa como das políticas públicas que, invariavelmente, têm uma relação estreita com a vulnerabilidade social e econômica da população principalmente acometida, especialmente nas Américas. Até o final do século XX, as estratégias de controle da DC tinham seu foco na transmissão vetorial/transfusional, o que mobilizou a orquestração de uma grande cooperação internacional para seu enfrentamento no Cone Sul. Na atualidade, e particularmente por força da intensificação dos movimentos migratórios, em perspectiva global, cresce o interesse e se intensifica o foco na transmissão vertical/congênita, o que possibilitou que a DC ultrapassasse as fronteiras territoriais, do Sul para o Norte, e se tornasse uma potencial “ameaça” para os países desenvolvidos. Na perspectiva dos Estudos de Informação, tais movimentos podem ser analisados à luz do conceito de “regimes de informação”, ou seja, uma articulação de políticas (de pesquisa e de práticas) e interesses, de vários atores, em perspectiva internacional, que culminam em imprimir novas dinâmicas na produção de conhecimento. Um ponto focal para descrever os regimes de informação remetem à perspectiva documental e ao fluxo de informação que coordena a ação entre vários atores. O presente projeto objetiva investigar e descrever, a partir da perspectiva da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), um atorchave no enfrentamento da DC nas Américas, como vem se dando a emergência desse novo regime para enfrentamento da doença. De caráter exploratório, qualitativo e descritivo, somando pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas com atores-chave da OPAS e do governo brasileiro que participaram das estratégias de enfrentamento da DC, o estudo visa explicitar uma possível alternância nos regimes de informação que orientam as políticas na temática, promovendo visibilidades/invisibilidades nos programas de controle da DC ao longo das décadas, o que corroboraria para uma fragilidade nos programas locais (no caso, brasileiro) de enfrentamento da doença. 

Aluna: Dayse Carias Bersot

Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Banca: 

Titulares 

Dr.a Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr.   Alberto Novaes Ramos Junior (DSC/FAMED/UFC)   

 Suplente

Dr.a Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Nível
Segundo orientador
Banca

Doutorado - Título:  Tecnodiversidade e saúde: gagueira e produção de subjetividades na internet em sites de relacionamentos

Tipo de evento
Data
Local
Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo: Esta tese analisa a questão da autodeterminação em saúde em relação às pessoas que gaguejam. Para tanto será utilizado o método de análise etnográfico virtual em sites de relacionamento, Facebook e Instagram, onde essas pessoas promovem interações comunicacionais e produzem subjetividades dissidentes. Esta tese adota a perspectiva da gagueira e das pessoas que gaguejam como outsiders (BECKER, 2019), em termos sociais, culturais, comportamentais e biomédicos. Ela analisa como essas pessoas produzem outros ecos e outras maneiras de elevar suas vozes, quando se inclinam a debater algumas questões de saúde nos espaços virtualizados, utilizando-se de tecnologias digitais de informação e comunicação. Nossa hipótese é que esses participantes adotam um procedimento antropográfico, no qual as subjetividades tornam-se canibais, consumindo os conteúdos informacionais produzidos uns pelos outros, de forma dinâmica e relacional. Desse modo, analisaremos a possibilidade dessas conjunturas digitais particularizadas tornarem-se “escrevivências digitais” (EVARISTO, 2020), uma vez que envolvem o processo de se expressar através da vivência da escrita, quando a disfluência da fala é questionada. Assim sendo, seremos capazes de averiguar se o ambiente digital das comunidades virtuais e dos perfis avatares, presentes nas redes sociais, são um território capaz de desenvolver o conceito de “tecnodiversidade” (YUK, 2020). Discutiremos até que ponto uma experiência local tecnológica possibilita verificar as problemáticas quanto à “colonialidade digital”, bem como eleger caminhos de “contracolonialidade cibernética”.

 

Aluna: Maria Clara Conrado de Niemeyer Soares Carneiro Chaves

Orientador: André de Faria Pereira Neto (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

  

Banca: 

Titulares 

Dr.a Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr. a Cristianne Maria Famer Rocha (PPGEDU/PPGENF/UFRGS) 

Suplente 

Dr.a Irene Rocha Kalil (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Nível
Segundo orientador
Banca

Qualificação de Doutorado - Título: Conhece-te a ti mesmo: autodiagnóstico, discurso e produção de sentidos sobre o Transtorno do Espectro Autista

Tipo de evento
Orientador
Data
Local
Sala 401 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo: Nos últimos anos houve um aumento na produção e circulação de informações sobre o diagnóstico tardio de autismo em adolescentes e adultos, o que salientou dificuldades e falhas no processo diagnóstico ainda na fase da infância, visto que o autismo é entendido como um transtorno do neurodesenvolvimento. Tal fenômeno refletiu também na aparição de relatos de autodiagnóstico, em que indivíduos se identificam com os sintomas de autismo e aderem seu sentido para si. Ocorrem tensões entre aqueles que, por um lado, vão defender a autoridade da medicina e da ciência e, por outro, a autoridade da experiência, criando um conflito sobre quem tem a legitimidade para definir o que é o autismo. Questões como a crise contemporânea do especialista, paciente expert, democratização da ciência, midiatização da saúde e novo cenário comunicacional são caras ao trabalho e atravessam o tema que envolve o autodiagnóstico e o espectro autista. Esta tese tem como objetivo investigar as relações entre comunicação em rede e o acesso a informações sobre autismo na construção do autodiagnóstico, percebendo os sentidos postos em circulação nas narrativas sobre si. A partir da análise de discurso de inspiração foucaultiana, pautada no conceito de raridade discursiva, buscamos compreender o fenômeno pela análise da rede social Twitter ao mapear e analisar tweets contendo os termos “autodiagnóstico” e “autismo” e pelo aprofundamento por meio de entrevistas com pessoas autodiagnosticadas autistas e profissionais de equipes médicas e multidisciplinares. O autodiagnóstico, mesmo que sem consenso ou validação, representa uma maneira acessível de dar sentido ao sentimento de diferença, abre a oportunidade de pertencer a um grupo e dividir experiências e vivências com semelhantes, seu estudo permite acessar diferentes camadas do debate contemporâneo sobre especialistas, classificações sociais e subjetividade contemporânea.

Aluna: Laís Giupponi de Souza Silva

Orientadora: Kátia Lerner

Banca: 

Titulares: 

Dr.a Daniela Muzi (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Dr. Paulo Roberto Gibaldi Vaz (POS-ECO/PPGCOM/UFRJ)   

 Suplente: 

Dr.a Janine Miranda Cardoso (PPGICS/Icict/Fiocruz) 

Nível
Segundo orientador
Banca

Qualificação de Doutorado - título: Título: Pelos filhos da epidemia de Zika no Brasil: o caminho do conhecimento científico até a atenção à saúde

Tipo de evento
Data
Local
Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré
Resumo

Resumo: Nas últimas décadas, o setor de saúde encontra-se sob enorme pressão devido às mudanças tecnológicas que estão afetando o sistema como um todo, à crescente solicitação de prestação de serviços a uma população que cada vez mais carece destes, ao surgimento de novas epidemias e às restrições orçamentárias governamentais de muitas economias pelo mundo. Em todo o mundo, os tomadores de decisão na área de saúde se dedicam a encontrar estratégias que contribuam para maximizar a absorção de conhecimento científico, em rápida evolução, na prática de saúde. Neste sentido, preencher a lacuna do “saber-fazer” é um dos mais importantes desafios para a saúde pública, assim como também representa a maior oportunidade para fortalecer sistemas de saúde. Este projeto de tese tem como objetivo contribuir nesta discussão, e se dedica a explorar e refletir sobre algumas perspectivas do processo de Translação do Conhecimento para investigar se e como o conhecimento “viaja”, da pesquisa científica para o cuidado em saúde, no âmbito dos sistemas de saúde, quando em situações de epidemia. Ao cabo intenta-se desenvolver uma metodologia para cartografar o caminho que o conhecimento científico percorre desde a academia até os profissionais de saúde na Atenção à Saúde, com foco sobre arboviroses, em especial, no tocante a última epidemia de arbovirose que se deu no Brasil, a epidemia de Zika, em 2015. Aqui, o foco na discussão da Translação de Conhecimento se dá na perspectiva dos itinerários dos pesquisadores/profissionais entre os diversos espaços que, teoricamente, conectam ciência e saúde. Para alcançar tal propósito, optou-se por uma metodologia quantitativa, de carácter exploratório, utilizando-se como principais bases de dados a Plataforma Lattes do CNPq e o Portal da Transparência dos Governos Federal e Estadual, por acreditar que são bases idiossincráticas que explicitam, de forma complementar, as competências individuais e como elas “viajam” no ecossistema da saúde. A expectativa é que, por meio desta pesquisa, seja possível compreender, na prática, se e como configuram as dinâmicas e os fluxos de conhecimento entre os diversos atores que transitam profissionalmente na temática da Zika e microcefalia em neonatos no Brasil. Acredita-se que o problema não está na geração de conhecimentos e sim como estes alcançam os seus praticantes na prática de saúde, logo, não se trata de pensar que a Ciência fez muito pouco para a saúde, mas sim, em refletir como esses conhecimentos chegam a quem, de fato, os utiliza e os necessita, que são os filhos herdeiros da epidemia de Zika no Brasil.

Aluna: Maria de Fátima Ebole de Santana

Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Segundo Orientador: Jesús Pascual Mena-Chalco (Poscomp/UFABC) 

Banca:

 Titulares

Dr.a Cícera Henrique da Silva (PPGICS/Icict/Fiocruz)

Dr. Fábio Castro Gouveia (PPGDC/COC/Fiocruz

Suplente:

Dr.a Rosane Abdala Lins (PPGICS/Icict/Fiocru)

Nível
Segundo orientador
Banca